O técnico Jorge Sampaoli tem uma reunião nesta segunda-feira com o presidente do Santos, José Carlos Peres, para definir se permanecerá no clube em 2020. O argentino está na mira do Palmeiras, mas voltou a negar que tenha negociado com dirigentes alviverdes. Ele também foi procurado pelo Racing, da Argentina. O contrato de Sampaoli com o Santos é válido até o fim da próxima temporada.

“O que posso falar é que estou muito agradecido pelo carinho e por terem me abraçado no ano. O grupo de jogadores mostrou um espetáculo único contra o campeão. Partida incrível. Agora, sim, vou começar a pensar no futuro. Já falei previamente com o presidente no sábado, mas adiamos a reunião. Tudo que vivi nessa cidade tem que ser um ponto de partida. Foi um ano muito atrativo em uma competição muito difícil”, comentou Sampaoli, em entrevista coletiva.

“Tentamos impor nossa forma de jogar. Agora vou pensar no futuro. Sou um profissional que sei até onde posso chegar com o que tenho. Tem processos de alegrias e de dores. Foi um dos lugares mais felizes que passei na minha carreira”, prosseguiu o argentino.

Ao ser questionado sobre a possibilidade de trocar o Santos por um rival, que no caso seria o Palmeiras, o treinador desconversou. Ele voltou a falar que sua permanência depende do projeto que Peres apresentará para 2020. Sampaoli disse que o elenco precisa de reforços para o Santos “ser muito respeitado na América do Sul”.

“Os ídolos estão pintados na parede. Não tenho capacidade de estar pintado nas paredes do Santos. Trabalhei e lutei, mas tenho que pedir desculpas por ter perdido a linha em alguns jogos. Cada projeto oficial que chega até mim, tenho que analisar. O Santos determinará o projeto que teremos. Aí vou ver meu futuro. Ainda não analisei nenhuma possibilidade”, disse.

“Tenho que ser muito profissional. Não posso tomar uma decisão emocional, porque poderia me prejudicar. Tenho que ser honesto para saber se posso dar conta do que vem pela frente. Vamos esperar amanhã (segunda-feira). Tenho muito claro o que tenho, o que preciso e o que esse grupo precisa de reforços para ser o que sempre foi: um clube muito respeitado na América do Sul”, acrescentou Sampaoli.

O Palmeiras se reuniu na noite da última quinta-feira com representantes de Sampaoli para oficializar uma oferta. Na conversa, o clube soube quanto o treinador argentino quer receber para comandar a equipe paulista a partir de 2020: R$ 21 milhões por ano, contando os salários dele e de seus auxiliares. O Palmeiras planeja uma contraproposta com valores mais baixos, entre R$ 15 milhões e R$ 18 milhões, mas com premiações altas em caso de títulos.