O líder ultraconservador italiano, Matteo Salvini, celebrou neste sábado em Roma uma grande manifestação nacional de toda a direita contra o governo, que reuniu mais de 100.000 pessoas e que ele apresentou como “o ato fundador” de sua reconquista do poder.

Vindos de todo o país, os partidários do líder da Liga (extrema-direita) chegaram à Cidade Eterna em oito trens especiais e 400 ônibus.

“Fizemos bem em deixar este governo”, afirmou Salvini, após os discursos de vários líderes da extrema direita e do ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi.

O ex-ministro do Interior e o líder da Liga, que em agosto rompeu com o Movimento 5 Estrelas (M5E), tendo que deixar o poder, tenta agitar as ruas para protestar contra o governo nascido da aliança entre o M5E e o Partido Democrático (PD, esquerda).

Seu partido tem atualmente entre 30% e 33% das intenções de voto e continua sendo o maior partido do país, seguido pelo M5E e pelo PD, com 18% e 20% cada um.

Para os organizadores se trata do “ato fundador” de um projeto que inclui diferentes forças de direita tendo em vista as próximas eleições.

Salvini acredita no desgaste do novo governo liderado por Giuseppe Conte, mais à esquerda, e que considera “ilegítimo”. Ele faz campanha para voltar às urnas o mais rápido possível, antes do final da legislatura, previsto para 2023.