TEL AVIV, 11 DEZ (ANSA) – Em sua primeira viagem a Israel, o vice-premier e ministro do Interior da Itália, Matteo Salvini, protagonizou nesta terça-feira (11) uma polêmica ao definir a organização xiita libanesa Hezbollah como um grupo de “terroristas islâmicos” e dizer que nos últimos anos o país foi “condenado” pela União Europeia (UE).   

“A União Europeia, nestes anos, estava completamente desequilibrada na gestão do conflito no Oriente Médio, condenando e sancionando Israel a cada quarto de hora”, disse Salvini, durante entrevista coletiva em Jerusalém. O vice-premier italiano ainda acrescentou que, de fato, o crescimento da violência antissemita em várias cidades europeias está relacionado à “imigração em massa de países islâmicos”, mas a Itália irá combater. “Meu governo vai combater todas as formas de violência antissemita, não importa de que modo se manifeste”, ressaltou. Já no Twitter, Salvini gerou “preocupação” e “embaraço” com o Ministério da Defesa e a Força Interina das Nações Unidas no Líbano (Unifil) após chamar o Hezbollah de “terroristas islâmicos”.   

“Quem quer a paz, apoia o direito à existência e segurança de Israel. Acabo de estar na fronteira norte com o Líbano, onde os terroristas islâmicos do Hezbollah cavam túneis e os armam com mísseis para atacar o bastião da democracia nesta região”, escreveu. Fontes da Defesa italiana ressaltaram que “essas declarações colocam em óbvia dificuldade nossos homens comprometidos ao sul (do Líbano) na missão da Unifil.   

Além disso, segundo os representantes, “entre outras coisas, a ONU está fazendo sua parte na região através da missão da Unifil, por 12 anos, cujo comando é liderado, pela quarta vez, pela Itália”. Salvini, por sua vez, reclamou da reação “desnecessária” a suas declarações. “Eu não entendo a surpresa que li em uma agência de notícias sobre a definição do Hezbollah e terroristas islâmicos.   

Se eles cavam túneis subterrâneos dezenas de metros além da fronteira e profundamente em território israelense, não acho que eles vão fazer compras”, rebateu.   

O ministro do Interior ainda acrescentou que está “orgulhoso” do trabalho realizado no Líbano pelos militares italianos. No entanto, “em minha casa, terroristas são chamados de terroristas”. Hoje, o vice-primeiro-ministro italiano se reuniu em Jerusalém com o ministro da Segurança Pública, Gilad Erdan, além de participar de um jantar em sua homenagem organizado pelo ministro do Turismo, Yariv Levin. Amanhã (12), ele encontrará com o premier israelense, Benjamin Netanyahu. (ANSA)

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