MILÃO, 13 NOV (ANSA) – O vice-premier e ministro do Interior da Itália, Matteo Salvini, e o ex-governador da região da Lombardia, Roberto Maroni, classificaram como “indigna” a conduta do atacante argentino Gonzalo Higuaín, que foi expulso no clássico do último domingo (11) entre Milan e Juventus, no San Siro, pelo Campeonato Italiano.   

Após uma disputa de bola com o marroquino Benatia, aos 38 minutos do segundo tempo, Higuaín levou um cartão amarelo e se irritou. O centroavante reclamou com veemência com o árbitro da partida, Paolo Mazzoleni, e acabou sendo expulso,tendo de ser contido pelos colegas em campo. O argentino chegou a dar um empurrão no craque português Cristiano Ronaldo, que tentava acalmá-lo.   

Após o final da partida, vencida pela Juventus por 2 a 0, Higuaín se desculpou pelo Instagram, dizendo que jogadores “não são robôs” e lembrando que ele havia perdido um pênalti quando o placar do jogo ainda marcava 1 a 0 para a Velha Senhora.   

Mesmo assim, a Federação Italiana de Futebol anunciou nesta terça-feira (13) que o camisa 9 será suspenso por dois jogos por “ter se aproximado [do árbitro] de forma desordenada e ameaçadora”. O Milan anunciou que recorrerá da punição.   

A atitude do atacante foi condenada pelo ministro do Interior italiano, Matteo Salvini. “Como torcedor do Milan, senti vergonha por sua conduta, que foi indigna. A mensagem que chega às crianças é de que se pode encarar um juiz. Espero que lhe deem uma pena extensa. Não basta desculpar-se em certos casos”, disse o político.   

O ex-governador da região da Lombardia, Roberto Maroni, concordou com Salvini e disse à Ansa que o clube também deveria multá-lo. “Se todos nos comportássemos como ele quando as coisas vão mal, não haveria a civilidade, mas sim a barbárie, disse Maroni.   

“Alguém com sucesso na vida transmite a mensagem de que, para chegar lá, é preciso ser prepotente. Esse é um erro. Se ele não entende isso, está bem que se desculpe, mas como não é primeira vez que isso acontece, como clube, o puniria e o multaria”, concluiu Maroni. (ANSA)