MOSCOU, 17 OUT (ANSA) – O ministro do Interior da Itália, Matteo Salvini, afirmou nesta quarta-feira (17) que as sanções impostas pela União Europeia (UE) contra a Rússia são “absurdas”. A declaração foi dada a empresários russos em Moscou, durante sua visita ao país liderado por Vladimir Putin. “Estou convencido de que elas são um absurdo social, cultural e econômico, e vamos tentar explicar e convencer todos os nossos parceiros”, disse o líder do partido ultranacionalista Liga.   

Desde que assumiu o governo da Itália, Salvini tem tentado acabar com o regime de sanções imposto à Rússia, inclusive não exclui “qualquer opção” para convencer os outros países europeus. Durante a reunião, o ministro aproveitou para atacar a Turquia, dizendo que “os problemas em 2018 são resolvidos sentando-se à mesa e não com tanques na fronteira”.   

“Estamos sancionando a Rússia pela Ucrânia, mas estamos perseguindo e financiando um país culturalmente asiático, para o qual demos 15 bilhões de euros nos últimos anos, um país que ocupa há 44 anos, militarmente, um dos países membros da União Europeia”, explicou o vice-premier italiano.   

Segundo Salvini, “com as sanções contra a Rússia, alguns países nos perderam, mas outros nos ganharam, e qualquer referência aos franceses é mera coincidência”.   

A tentativa dele e do governo de coalizão da Itália é convencer todos os seus parceiros europeus a acabarem com as sanções econômicas em vigor desde que a Rússia anexou a Crimeia em 2014.   

Ao ser questionado se a Itália poderia vetar a renovação dessas sanções, Salvini respondeu que a Itália “só pode usar o trunfo do veto na Europa uma vez”.   

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“Há a questão do orçamento da UE, a questão da migração e o orçamento, que eu não sei o que jogar se eles o rejeitarem, mas continuaremos do mesmo jeito”, acrescentou Salvini ao fazer uma avaliação do cenário de interesses italianos.   

O líder da Liga ainda afirmou que se sente “em casa na Rússia”, o que não costuma acontecer em outros países europeus. Essa é mais uma expressão de simpatia pelo país. Há vários meses a Itália tenta conseguir da União Europeia se não uma retirada total das sanções pelo menos um relaxamento.   

(ANSA)


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