Salvini diz que fusão de FCA com Renault seria ‘útil’

MILÃO, 28 MAI (ANSA) – O vice-premier e ministro do Interior italiano, Matteo Salvini, disse hoje (28) que uma possível fusão da Fiat Chrysler Automobiles (FCA) com a Renault “parece ser uma operação útil” para a Itália e para a Europa. “Parece-me uma operação útil para a Itália e para Europa para ter uma gigante no setor automotivo. Se todos respeitarem seus compromissos, parece-me justo que [as negociações] sigam nessa direção”, afirmou Salvini, do partido Liga Norte, que foi o mais votado na Itália para o Parlamento Europeu nas eleições do último domingo (26). O governo da França, por sua vez, também demonstrou otimismo com a possível fusão, mas destacou que espera que o país não seja prejudicado com o fechamento de fábricas e empregos. “É uma grande oportunidade para a Renault”, disse o ministro da Economia da França, Bruno Le Maire, em uma entrevista à agência Bloomberg, ressaltando que a operação deve aumentar os investimentos. No entanto, Le Maire ressaltou que o acordo de fusão deve fornecer garantias de que não haverá fechamento de postos de trabalho ou fábricas na França. Segundo ele, o governo francês espera uma “fusão equilibrada”. As ações da FCA e da Renault operam em alta nos mercados europeus nesta terça-feira, impulsionadas pela expectativa de fusão que criaria a terceira maior montadora do mundo, atrás da Volkswagen e da Toyota. A FCA, de capital italiano e americano, apresentou ontem (27) um projeto de fusão com a francesa Renault. De acordo com a Fiat, a operação poderia contemplar a continuidade da aliança formada pela Renault com a Nissan e a Mitsubishi. Juntas, as quatro empresas seriam o maior conglomerado automotivo do mundo. “Tenho muito respeito pela Nissan e Mitsubishi, pelos seus produtos e seu business. A nossa proposta de fusão com a Renault dará potencial para construir uma parceria global com todas as três grandes empresas, durante esse período de transformação sem precedentes da nossa indústria”, afirmou o presidente da FCA, John Elkann. “Ressalto que a nossa proposta à Renault é inovadora em vários pontos de vista. Propomos uma fusão com a Renault, o nosso espírito é o de encontrar um objetivo comum que ofereça vantagens a todas as empresas envolvidas, incluindo a Nissan e a Mitsubishi como parceiras”, ressaltou. (ANSA)