ROMA, 1 JUL (ANSA) – O vice-premier e ministro do Interior da Itália, Matteo Salvini, disse nesta segunda-feira (1) que “de qualquer forma” irá expulsar a capitã alemã Carola Rackete, presa na Itália por “violência contra navio de guerra” ao forçar a entrada no porto de Lampedusa de uma embarcação com 40 migrantes.   

A declaração foi dada poucos minutos após o interrogatório da comandante do Sea Watch 3 pelos juízes de Agrigento. “Da justiça eu espero penalidades severas para aqueles que atacaram as vidas dos militares italianos e ignoraram repetidamente as nossas leis. Dos outros países europeus, Alemanha e França acima de tudo, eu espero silêncio e respeito”, afirmou Salvini.   

O ministro italiano ainda ressaltou que “de qualquer maneira”, independentemente do julgamento, “ainda estamos prontos para expulsar a rica alemã fora da lei”.   

A audiência para validar a prisão de Rackete ocorre em clima sereno. O promotor italiano solicitou, como medida de precaução, a proibição dela permanecer na província de Agrigento.   

Rackete está em regime domiciliar e pode pegar até 10 anos de prisão por ter espremido um barco da Guarda de Finanças da Itália contra um cais no porto de Lampedusa. Ela também é investigada por favorecimento à imigração clandestina.   

O navio da Sea Watch salvara 53 pessoas em 12 de junho, e 13 delas chegaram a desembarcar na Itália por motivos médicos. No entanto, as 40 restantes só saíram do barco depois de 17 dias, quando Rackete infringiu as leis da Itália e forçou a entrada em Lampedusa. (ANSA)