MILÃO, 21 SET (ANSA) – O ex-ministro do Interior da Itália Matteo Salvini celebrou os resultados das eleições regionais no país, realizadas em 20 e 21 de setembro, apesar de sua aliança não conseguir conquistar bastiões históricos da esquerda, como a Toscana.   

Durante coletiva de imprensa em Milão, Salvini voltou a dizer que, “se os dados forem confirmados, do total das 20 regiões, 15 devem ser lideradas pela centro-direita”. “Erámos 13 contra 7, isso significa que acrescentamos dois ‘tijolos’ ao projeto de país que temos”.   

Mais cedo, o líder do partido de extrema direita Liga já havia usado suas redes sociais para comemorar o avanço da direita no pleito. “Todos trabalhando com um objetivo: ajudar, proteger e fazer crescer a nossa bela Itália”, escreveu no Facebook.   

Questionado sobre a possível derrota na Toscana, onde as projeções apontam para uma vitória do candidato a governador Eugenio Giani (PD) contra a eurodeputada Susanna Ceccardi (Liga), Salvini ressaltou que não se arrepende de nada e “enquanto os votos se mantiverem no centro” estará feliz.   

“Se todos tivessem votado, Ceccardi seria governadora”, retruca o ex-ministro, que nega qualquer rivalidade com a crescente popularidade dos Irmãos da Itália, de Giorgia Meloni, mas admite sua decepção em relação à batalha de Raffaele Fitto (FdI) na Puglia.   

“Eu estava pensando e esperando por algo mais, especialmente em termos de diferença numérica. Vamos começar de novo pelo fato de que 15 das 20 regiões são governadas pela centro-direita”, acrescentou ele, ressaltando que não pede por eleições antecipadas.   

Segundo Salvini, “depois do resultado destas eleições regionais, o balanço da Conferência Estado-Regiões certamente mudará” e “alguém terá que ir falar com [Giuseppe] Conte ou [Roberto] Gualtieri”, já que a presidência está nas mãos do Partido Democrático enquanto que 15 regiões serão lideradas pela centro-direita.   

Além disso, o líder da extrema-direita explicou que tanto a Liga quanto os partidos de centro-direita estão fazendo “um esforço” para “alargar as zonas de cidadãos sem partidos, homens da área cultural que trazem também um novo ar que é fundamental”. (ANSA)