No recente, mas consolidado, processo de desprivatização da religião[1], com o regresso desta ao espaço público, especialmente à política, especialmente “desde o ingresso dos evangélico-pentecostais na política, no ano de 1986, visando eleger representantes para a Assembleia Constituinte no intuito, segundo eles, de combater tanto a influência católica quanto a influência secular na nova Constituição” (CAMURÇA 2020, 82), e ainda no mais recente ciclo Trump-Bolsonaro, que os investigadores do fenómeno religioso estão perante novas equações verdadeiramente desafiantes no que concerne ao lugar e à relação entre a religião e a sociedade. A relação entre muitas igrejas evangélicas e a eleição de cada um destes políticos ganha foros de redefinição da relação entre a sociedade e as religiões, colocando em causa uma ideia de progresso e todo um caminho de séculos na construção da laicidade e da secularização patentes numa fobia à Modernidade assumida por muitas dessas igrejas, seja na desconfiança perante o politico, seja no discurso apocalíptico e no cultivo das teorias da conspiração, seja na adesão às Fakenews ou na negação das alterações climáticas, da pandemia e das vacinas.

O processo de adesão de certas igrejas aos discursos populistas de Trump e de Bolsonaro está já significativamente estudado, incluindo até no contexto da pandemia de Covid 19[2] no caso do presidente brasileiro. O caso de Jair Bolsonaro é paradigmático nesta questão e todo o mandato se encontra marcado por momentos simbolicamente muito fortes em termos religiosos, começando logo pela sua tomada de posse:

“En efecto, Jair Messias Bolsonaro es el primer presidente con un discurso abiertamente pentecostal que es llevado por el voto popular al Palacio del Planalto. El 28 de octubre de 2018, su primera aparición pública después del anuncio de su victoria tomó la forma de una oración evangélica dirigida por el pastor Magno Malta, que fue transmitida en vivo en las pantallas de televisión. En seguida, el presidente electo pronunció un discurso en el que puso explícitamente su mandato bajo la supervisión de Dios, recordando su lema de campaña: «Brasil por encima de todo, Dios por encima de todos».” (Oualalou 2019, 69)

As análises já realizadas levam-nos a perceber alguns dos mecanismos sociais e culturais que explicam o fenómeno. Várias são as dimensões que se devem trabalhar para compreender o quadro do massivo apoio evangélico, seja a Bolsonaro, seja a Trump: educação, recursos económicos, mundivivência e conhecimento do mundo, adesão ao cosmopolitismo e à globalização, fobia ao diferente, ao migrante, entre muitos outros fatores e, obviamente, a religião com todo o seu aparato de sacralidade, de formalidades e de simbólicas, cimentados na autoridade das estruturas eclesiásticas e na infalibilidade dos textos sagrados, lidos de forma literal e fechada, sem a necessidade de critica ou suporte externo para compreensão.

É de vincar que todo este processo não se encontra fechado na realidade religiosa. Como recorda Ronaldo de Almeida, todo este processo de alterações socias está incluído num conjunto de alterações e reações que podemos caracterizar, não sem riscos epistemológicos, como conservadores, centradas em grandes alterações políticas em que o recuo da esquerda se torna clara nos últimos anos, e onde a religião é apenas um dos fatores em causa (ALMEIDA 2019, 185), talvez o mais operativo, o que alimenta com narrativas e dá sentido teleológico a uma visão histórica.

O processo cultural e mental que conduziu à Declaração de Chicago Sobre a Inerrância da Bíblia[3], de 1978, e à subsequente adesão de um largo número de igrejas evangélicas, foi um imenso passo na consolidação de um corpo de crentes avessos ao universo da universidade e crescentemente incapazes da critica. O regresso a um universo simbólico desprovido de sentido critico foi, e é, fundante de uma popularização, quer da Bíblia, quer de alguns dos seus elementos simbólicos, num quadro de total desconhecimento das ferramentas culturais e teológicas para essa liberdade hermenêutica. Sabem-se de cor centenas de versículos bíblicos, mas é-se incapaz de questionar a redação em bloco do Pentateuco por Moisés, por mais que o próprio texto narre a morte do seu autor. O texto está na rua, no sentido mais livre, mas também absolutamente desligado de qualquer tradição interpretativa, acreditando-se que o Espírito Santo revelará o sentido certo dos textos.

 

O continente simbólico «Salomão»

Paralelamente ao valor dado à literalidade dos textos, o domínio de alguns elementos simbólicos tornou-se fundamental na construção de narrativas, também elas, de infalibilidade. A figura de Salomão foi um dos instrumentos centrais num mais largo processo de valorização do judaísmo num suposto regresso ao cristianismo primitivo, antes de ser religião, autónoma do judaísmo. Algumas igrejas, caracterizando-se como Judaísmo Messiânico, levam esta integração mais longe, adotando algumas recriações judaicas[4].

A Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) enquadra alguns destes aspetos, concentrando a sua quase totalidade no seu Templo de Salomão. Este monarca de Israel, como veremos, possibilitou o patamar da ideia de eleição e a capacidade do infalível, do ungido, do escolhido. A IURD foi quem levou mais longe este processo.

 

O Templo de Salomão, em S. Paulo

De tal forma é proverbial a fama de Salomão, que este monarca antigo transformou-se num dos modelos de Sabedoria até aos dias de hoje. Dificilmente se podem compreender as civilizações que nasceram no Mediterrâneo sem ir beber a esta figura.

Para além da Sabedoria, a sua figura ficou, também, ligada à ideia de Templo que o judaísmo desenvolveu. Quer a do templo em si, quer a de tudo o que tem a ver com a sua efectiva inexistência histórica, remetendo a teologia para tempos de fim, para catarses e para apocalipses e messias.

No Templo de Salomão, tudo é, de facto, judaizante, procurando-se uma legitimidade simbólica onde, ao centro, o altar é uma figuração da Arca da Aliança. Mas a simbologia multiplica-se: uma menorah está no mesmo altar e, com uma altura imensa, doze outras estão reproduzidas nas gigantescas paredes, sem contar com o quase cómico e infantil uso da escrita, onde surge, por cima desse altar, uma frase num exagerado lettering de caracteres latinos “hebraizados” – com grafismo que faz lembrar o hebraico…

Tudo no espaço é uma leitura da simbologia que muitas igrejas neopentecostais têm recriado nos últimos 30 anos. Uma verdadeira judaização do cristianismo onde o chamado Judaísmo Messiânico é o culminar de uma corrente cristã que assume em muito uma postura de manutenção da Lei Mosaica dentro do Cristianismo. Uma tentativa de regressar a um cristianismo anterior à abertura que Paulo lhe deu ainda no séc. I, antes dessa nascente religião se ter autonomizado do judaísmo. Neste caso, no Templo de Salomão da IURD, o folclore é levado ao limite da encenação. Os Pastores surgem com a kipah na cabeça, com o talit sobre os ombros.

Se, por um lado, parece ter havido a preocupação de trazer pedras de Israel, numa simbologia taumatúrgica, quase mágica; por outro lado, a vivência interior do espaço em nada nos remete para a sacralidade que o texto bíblico nos ensina e nos diz: a hierarquia dos espaços, a gradual aproximação ao Santo-dos-Santos. Tudo ali é, ao mesmo tempo, sagrado e profano, redefinindo a própria noção de Templo.

 

Novos “Salomões”: Bolsonaro e Trump[5]

Hoje é claro que Bolsonaro descolou para a vitória, entre vários momentos, quando o fundador e presidente da IURD, Edir Macedo, lhe deu o seu apoio no da 29 de setembro de 2018. Neste caso, tal aconteceu depois de muito trabalho do então candidato presidencial a desenvolver e a nutrir o medo de que o PT avançasse nas reformas que iriam mudar a moral do país. Esta fobia moralista, marcada por fake news que inventaram manuais escolares a defender o suicídio, que forjaram declarações polémicas sobre a sexualidade das crianças, apresentou um Bolsonaro campeão do regresso a uma ordem moral perdida, a uma cristianização da sociedade, a um ultraconservadorismo que demonizou todo e qualquer avanço social ligado às questões que foram rotuladas, negativamente, como “ideologia do género”[6].

Seja no caso de Trump, seja no de Bolsonaro, a visão quase messiânica surge de forma clara nas mecânicas que os discursos evangélicos consolidaram e que levaram os crentes a uma postura totalmente acrítica face às contradições, exageros e mesmo violência verdadeiramente anticristã de algumas das suas tomadas de posição.

Bolsonaro, antes de se dirigir ao país, introduz o Pastor Magno Malta, dizendo que ele “vai pedir sabedoria para que possamos continuar nesta jornada”. Nessa oração, o pastor, não só pede a Sabedoria, tal como biblicamente Salomão a havia pedido, como nos dá ainda outra chave de leitura da valorização do eleito Presidente: foi Deus que salvou Bolsonaro de uma morte certa num momento tão esperançoso para o Brasil; se assim foi, então essa salvação no atentado implica uma missão divina. No seu discurso, Bolsonaro recupera esta ênfase, afirmando que nunca se sentiu sozinho, pois sempre sentiu “a força de Deus e do povo brasileiro”. Esta era uma “missão de Deus”.

Mas com Trump este paralelo vai ainda mais longe na formulação teológica. Várias igrejas evangélicas radicais, nos seus web sites, afirmam o Presidente Trump como um Rei Salomão, um ungido para a tarefa divina de recristianizar uma América que não só deixou de ser grande em termos económicos, mas em termos morais. Trump surge como o cavaleiro que subjugará a desordem lançada pelos Democratas, tal como no Brasil Bolsonaro surge como o libertador da esquerda – o Pastor Magno Malta começou a sua oração por afirmar que “os tentáculos da esquerda jamais seriam arrancados sem as mãos de Deus”.

Com uma variante muito interessante na identificação bíblica, para o Temple Mount and Land of Israel Faithful Movement, Trump é a concretização das visões proféticas da reconstrução do Templo de Jerusalém. Trump, na leitura destes radicais evangélicos-messiânicos, é um novo Rei Ciro que, à imagem deste monarca persa que libertou o Povo de Israel do cativeiro na Babilónia e mandou reconstruir o Templo, também ele dará início à reconstrução do mesmo Templo, inaugurando a Era Messiânica, no fundo, a concretização dos tempos, o Fim dos Tempos – de notar que estas leituras nada têm a ver com o judaísmo, tratando-se, na sua quase totalidade, de movimentos evangélicos fundamentalistas de cariz judaizante.

No caso norte americano, algumas igrejas vão mais longe na identificação de Trump com o monarca de Israel. Tal como Salomão, Trump tinha toda uma tarefa de reorganização da nação, impondo o seu poder, combatendo os inimigos de Deus. Mas mais, Trump tinha a missão, também concretizada por Salomão, de devolver ao país a dimensão imperial, o seu efectivo poderia militar. Por fim, tal como Salomão, sendo ungido, caiu em tentação e pecou, também Trump o faz, imagem de que é humano, mas determinado no que é essencial, o trabalho a bem de Deus e da nação.

Esta leitura teológica de Trump tem uma capacidade única de, ao seguir a história de vida de Salomão, com amantes e relações moralmente questionáveis, legitimar todas as suas falhas. Ter acusações de prática e conduta sexualmente mal vistas na moral que defende “apenas” é a prova de que ele é como Salomão. Isto é, nesta lógica religiosa, a falha é a marca da eleição. Quanto mais se acusar Trump, mais os seus seguidores, ou melhor, crentes, o verão como ungido, messias.

O material do nacional-populismo ganha, desta forma, uma legitimação divina, respaldada numa infalibilidade a toda a prova. Mais que carisma, no sentido de ser carismático pela empatia criada perante o populus, Bolsonaro e Trump surgem religiosamente no campo da graça, da ligação a uma tarefa divina, verdadeiramente carismática porque receberam um carisma.

 

A unção de Bolsonaro

O quadro de valorização de Salomão enquanto símbolo com um imenso peso religioso toma várias facetas que agora se conjugam: se, por um lado, temos uma denominação cristã que se judaíza, investindo na construção de um Templo de Salomão, imitando e procurando a sacralidade e imagética do mítico templo de Israel mandado construir por esse monarca, por outro, vimos também como a figura de Salomão foi alvo de apropriação, seja em relação a Bolsonaro, seja em relação a Trump.

Vejamos agora a junção de ambos os horizontes míticos: uma unção de Bolsonaro, numa imitação ao que acontecera com os monarcas de Israel, no Templo de Salomão da IURD. Este rito religioso teve lugar aquando da vista do Chefe de Estado no dia 1 de setembro de 2019, e encontra-se visível no web site da igreja[7].

De resto, há que notar o peso simbólico e o lugar no imaginário que esta construção obteve logo na sua inauguração, imagem do peso da URD no voto popular. No dia 31 de julho de 2014, aquando da cerimónia de inauguração do Templo ed Salomão, o bispo Edir Macedo foi o anfitrião da presidente Dilma Rousseff, do vice-presidente, e futuro presidente, Michel Temer e do prefeito, e futuro candidato presidencial, Fernando Haddad, para além de muitos outos líderes políticos. Contudo, Dilma não foi agraciada de forma especial nessa sua visita.

Já antes, a prática do Chefe de Estado do Brasil receber orações de líderes religiosos era relativamente comum, num misto de momento espiritual e de campanha eleitoral. O caso de Temer, que a 31 de maio de 2018 recebe a oração de líderes da Igreja Evangélica Assembleia de Deus Ministério Madureira é exemplo:

O presidente Michel Temer participa nesta quinta-feira de uma reunião de pastores da Igreja Evangélica Assembleia de Deus Ministério Madureira, em Brasília. Os líderes da igreja prometem receber o presidente no evento e fazer uma oração por Temer. O emedebista também deve fazer um discurso na reunião.

“Neste plenário ele estará recebendo a oração pelo Brasil, obviamente na qualidade de presidente, não para um momento político, mas para um momento espiritual”, disse na noite desta quarta-feira, 30, o bispo Samuel Ferreira, presidente da convenção, ao convidar os pastores para o encontro.

O líder religioso costuma se aproximar de políticos que participam de eventos da igreja de olho no eleitorado evangélico Segundo ele, o Brasil “precisa da igreja” e a oração por Temer ocorre em função de o presidente ser “o mandatário maior do País”.[8]

Anteriormente, quando Dilma Rousseff era apoiada por Edir Macedo, foram os líderes da IURD que se deslocaram ao Planalto para dar a sua oração, descrita de forma diplomática como “benefício da própria população” num “momento tão delicado como o que o Brasil enfrenta”:

Os líderes religiosos também se reuniram na Praça dos Três Poderes e, de joelhos, fizeram uma oração pelo país, de acordo com informações do site oficial da denominação.

“Em um momento tão delicado como o que o Brasil enfrenta, com perda de credibilidade, desemprego e inflação em alta, entre outras coisas, orar é muito importante, já que uma oração pode mudar o rumo de qualquer situação; e a Bíblia cita a importância de orar pelas autoridades”, diz a nota divulgada pela Universal, fazendo menção à passagem bíblica de Timóteo 2:1,2,5.

De acordo com a Igreja Universal do Reino de Deus, a oração pela presidente foi posta em prática por ordem divina: “É para o benefício da própria população que o Espírito Santo instruiu essa oração, para que ‘vivamos uma vida tranquila e mansa’. Isso significa com segurança, honestidade, paz financeira, entre outros benefícios”, destaca o texto.[9]

Contudo, apesar desta tradição, o caso de Bolsonaro é diferente e implica compromissos religiosos e simbólicos muito mais fortes: a apresentação do evento é descrita como “Bolsonaro recebe oração no Templo de Salomão”, mas o ritual tem todas as características de uma unção, como é descrito em vários portais noticiosos evangélicos[10].

Para quem visiona o vídeo oficial, tudo parece uma vista normal do Chefe de Estado. Mas um momento ganha um peso único: no decorrer do culto, parece que sem ter sido previamente combinado, dado que até podemos ver um momento de certa hesitação de Bolsonaro, o bispo Edir Macedo convidou o presidente para um momento de oração que se revelará muto mais que isso, mas sim uma consagração.

Edir Macedo justifica a oração seguindo o protocolo já antes narrado no caso antes descrito com Dilma:

“Eu queria convidar o nosso presidente da república, sua excelência o presidente Jair Bolsonaro, por favor. Eu vou fazer uma oração por ele, e orando por ele eu estarei orando por 210 milhões de brasileiros”.

Numa longa oração, o bispo e fundador da IURD irá derramar sobre a cabeça do presidente os santos óleos, fazendo o paralelo com os monarcas do Antigo Testamento, lembrando Samuel e a consagração de David.

A ligação da presidência ao povo e a Deus é reforçada com a afirmação de que a divindade escolheu Bolsonaro para “liderar mais de 210 milhões de pessoas neste país”. Termina Edir Macedo assumindo a dimensão de consagração dos gestos que tinham tido lugar:

“Deus é contigo! E digo mais, o povo todo, este povo que nos vê e nos assiste em casa, onde quer que esteja, é testemunha dessa consagração. E é testemunha de um antes e um depois, a partir de agora”.

 

Terminando

Ao longo destas linhas vimos como a imagem e a função política de Bolsonaro se foi apoderando da imagética e da simbologia do rei Salomão. Vimos a dimensão da sabedoria, da sacralidade e da unção. Em todos estes momentos, os símbolos ligados a Salomão concorrem para um aprofundar da relação com a IURD, uma igreja em franco processo de judaização que alimenta esta simbologia da forma máxima com a construção de um templo que vai buscar o nome ao mítico primeiro templo de Jerusalém.

Interessante, em pesquisas futuras, perceber como usta unção, verdadeiramente do campo messiânico, irá digerir os fracassos, sejam eles os políticos mais imediatos, como a gestão da pandemia, e os mais distantes, como uma eventual derrota eleitoral.

[1] Veja-se a riqueza deste conceito, por exemplo, em: Lopes Jr., Orivaldo P., “A desprivatização política da religião”, Inter-Legere. Revista do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da UFRN, nº 17, ago./dez. de 2015. p. 4-16.

[2] Ver o recente artigo: Oro, Ari Pedro, “JAIR BOLSONARO, LÍDERES EVANGÉLICOS NEGACIONISTAS E A POLITIZAÇÃO DA PANDEMIA DO NOVO CORONAVÍRUS NO BRASIL”, SOCIEDAD Y RELIGIÓN, Nº54, VOL XXX (2020), PP. 121-147.

[3] Veja-se: https://www.churchcouncil.org/uploads/1/1/7/6/117620686/portuguese_chicago_statement_inerrancy.pdf

[4] Seguindo Walter Borges:

  • Músicos tocando de costas para a congregação (Levitas);
  • Uso do Shofar para invocar a presença divina;
  • Guardar o sábado (shabat) como o dia do Senhor;
  • Adoção do calendário de festas judaicas;
  • Adotar a Kipah e o Talit, as vestes utilizadas na liturgia das sinagogas;
  • Presença de símbolos judaicos no espaço da igreja: a bandeira de Israel, a Menorah ou a Estrela de Davi;
  • Adotar a Arca da Aliança como marca da presença do poder de Deus igreja;
  • Usar nomenclatura judaica para designar níveis de autoridade na igreja (rabinos, levitas, etc).

[5] Desenvolvimento do nosso texto: Pinto, Paulo Mendes. “O rei Salomão, Trump e Bolsonaro: a simbologia bíblica que se torna infalível”. Público, 2018/11/02: 46-46. https://www.publico.pt/2018/11/02/mundo/opiniao/rei-salomao-trump-bolsonaro-simbologia-biblica-torna-infalivel-1849527?fbclid=IwAR1EFxf4gXp1mY2Y4ERVBWIxAPB8CGfWgDxA4Jj8_jUzayGgfOKQKrp0SM.

[6] Veja-se: Eduardo Meinberg de Albuquerque Maranhão Filho, Fernanda Marina Feitosa Coelho, Tainah Biela Dias, “Fake news acima de tudo, fake news acima de todos”: Bolsonaro e o “kit gay”, “ideologia de gênero” e fim da “família tradicional”, Revista Eletrônica Correlatio v. 17, n. 2 – Dezembro de 2018.

[7] “Bolsonaro recebe oração no Templo de Salomão”, https://www.igrejauniversal.pt/bolsonaro-recebe-oracao-no-templo-de-salomao/

[8] “Em Brasília, pastores recebem Temer e prometem orar pelo presidente”, Correio Braziliense, 31/05/2018, https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/politica/2018/05/31/interna_politica,685212/em-brasilia-pastores-recebem-temer-e-prometem-orar-pelo-presidente.shtml

[9] Tiago Chagas, Gospel +, “Dilma recepcionou pastores e bispos da Universal e recebeu oração no Planalto, diz igreja”, 23 de outubro de 2015, https://noticias.gospelmais.com.br/dilma-recepcionou-pastores-universal-recebeu-oracao-79896.html

[10] Veja-se, pro exemplo, onde se diz que o presidente recebeu “oração de consagração”. “Em culto, Edir Macedo ora por Bolsonaro”, Comunhão, 2 de setembro de 2019, https://comunhao.com.br/bolsonaro-consagrado-templo-de-salomao/