Os salários na zona do euro aumentaram no ritmo mais fraco em quase seis anos no segundo trimestre, evidenciando a fragilidade da recuperação econômica do bloco e surgindo como mais uma preocupação para os dirigentes do Banco Central Europeu (BCE).

Dados da agência de estatísticas da União Europeia, a Eurostat, mostraram que os salários na zona do euro subiram apenas 0,9% no segundo trimestre ante igual período do ano passado, registrando o menor avanço desde o terceiro trimestre de 2010. Nos primeiros três meses do ano, os salários haviam crescido 1,7% na comparação anual.

Consequentemente, os custos totais da mão de obra no bloco tiveram modesta alta de 1% no segundo trimestre ante o mesmo intervalo de 2015. Neste caso, a elevação foi a menor desde o primeiro trimestre de 2014.

No último dia 8, o presidente do BCE, Mario Draghi, disse que a instituição está disposta a oferecer mais estímulos se surgirem sinais de dificuldade de cumprir sua meta de inflação nos próximos anos. O BCE mira uma taxa de inflação anual um pouco inferior a 2%. Na ocasião, o BCE manteve sua política monetária inalterada.

Em particular, Draghi ressaltou o que chama de “efeitos secundários”, como a disposição de trabalhadores de aceitar, e a dos empregadores de oferecer, ajustes salariais mais comedidos na expectativa de que a inflação permanecerá baixa. Em agosto, a inflação anual ao consumidor da zona do euro ficou em 0,2%. Fonte: Dow Jones Newswires.