Uma edição renovada e menor do salão do automóvel de Detroit teve início nesta quarta-feira (14), com apresentações das marcas GM e Stellantis antes de um discurso do presidente Joe Biden, durante o qual são esperados anúncios sobre investimentos no setor de veículos elétricos.
O vice-presidente da Chevrolet, Steve Majoros, destacou as novidades elétricas das caminhonetes mais vendidas da General Motors, incluindo as espaçosas Silverado, o segundo veículo mais popular do país depois da série F da Ford, assim como o modelo Equinox, lançado na quinta-feira passada com um preço de entrada de 30.000 dólares, um valor acessível em um segmento oneroso.
A Chevy, que apresentou nesta quarta-feira uma versão de sua caminhonete Tahoe a gasolina, planeja lançar no fim de semana uma nova campanha de mídia para impulsionar seus modelos plug-in com preços diferentes, de forma a incentivar a “adoção generalizada de veículos elétricos”, assegurou Majoros.
A marca Stellantis lançou uma edição comemorativa pelos 30 anos do popular Jeep Grand Cherokee, assim como um novo modelo de quinta geração, que é a primeira versão híbrida plug-in da Jeep.
Os lançamentos marcaram a abertura do primeiro Salão de Detroit desde 2019, após o cancelamento do evento por causa da pandemia. O salão, que mudou sua programação habitual do mês de janeiro, é realizado em uma versão reduzida, com a ausência da maior parte das fabricantes estrangeiras e novos nomes do setor, como a Tesla.
Espera-se que o presidente Biden promova vitórias legislativas nas últimas semanas sobre recursos federais para investimentos em semicondutores e ações contra as mudanças climáticas.
Um informe da Casa Branca destaca grandes decisões de investimentos por parte de várias empresas, que somam cerca de 8,5 bilhões de dólares na fabricação de veículos elétricos, baterias e postos de recarga nos Estados Unidos desde que Biden chegou à Casa Branca.
“O plano econômico do presidente gerou um auge americano na fabricação de veículos elétricos, que cria novas oportunidades econômicas e dezenas de milhares de empregos bem remunerados e sindicalizados em todo o país”, destaca o boletim informativo.
As fabricantes, no entanto, queixam-se de um dispositivo da recente lei contra a inflação, denominada ‘Inflation Reduction Act’, que estabelece requisitos estritos de fornecimento para se ter acesso aos subsídios federais para o setor. Mas Biden mantém uma relação longa e próxima com as gigantes de Detroit desde que era vice-presidente, quando liderou os resgates para as empresas após a crise de 2008.
Como presidente, Biden visitou tanto a GM quanto a Ford. Ele “tem feito muitos acenos às fabricantes de Detroit”, disse Jessica Caldwell, diretora-executiva de dados para a empresa de pesquisas do setor Edmunds. “Tem sido visto dirigindo muitos de seus produtos na Casa Branca e em muitos outros lugares”, afirmou.