Novo desentendimento entre a Federação Egípcia (EFA) e o astro Mohamed Salah: a entidade publicou um comunicado nesta segunda-feira respondendo às críticas do jogador do Liverpool, cujo futuro na seleção de seu país parece indefinido.

No domingo, Salah publicou um tuíte em que parecia dar um ultimato à EFA: “Realmente não há tempo para nos dar uma resposta?”.

A questão era em relação à violação de seus direitos de imagem, apos a EFA usar a imagem de Salah, sem sua autorização, no avião da seleção egípcia, ao lado do nome de um patrocinador, a empresa de telecomunicações WE. Salah é garoto-propaganda de uma empresa rival, a Vodafone.

Salah também não parece ainda ter digerido o caso Kadyrov: durante a Copa do Mundo da Rússia, os Faraós tiveram que tirar fotos com o mandatário da Chechênia Ramzan Kadyrov em Grozny, cidade-base do Egito durante o Mundial.

A imprensa, especialmente a britânica, criticou Salah por se deixar fotografar ao lado de um homem acusado de “torturas e assassinatos extra-judiciais” e regularmente denunciado por organizações internacionais por violar os direitos humanos na Chechênia.

O empresário de Salah, Ramy Abbas, contactou a Federação Egípcia para expressar o mal-estar do jogador, algo que não foi bem recebido pela entidade.

“Nunca se viu um empresário pedir a demissão dos dirigentes de uma federação se suas exigências não forem aceitas”, denuncia o comunicado da EFA, que nega “favorecer um jogador” e critica os pedidos “ilógicos” de Salah.

Posteriormente, Salah publicou dois vídeos no Facebook em que garante ter pedido apenas mais segurança para toda a seleção egípcia e para que episódios como o de Kadyrov, no qual o atacante foi obrigado a acordar para receber o político, não se repitam.

“Essas coisas acontecem comigo, sou eu que sou incomodado com esse tipo de coisa”, explicou o jogador. “São pedidos pequenos, mas que podem fazer as coisas mais fáceis, que podem permitir aos jogadores se concentrarem no jogo”.

O desentendimento, que começou há seis meses, parecia ter ficado no passado após a intervenção de políticos do Egito.

Esta nova colisão chega no momento em que o Egito se prepara para enfrentar o Niger em 8 de setembro pelas eliminatórias da Copa Africana de Nações, que será sediada por Camarões.

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