VATICANO, 6 MAI (ANSA) – Considerado um dos locais mais íntimos após a escolha do novo líder da Igreja Católica, a sacristia da Capela Sistina, chamada “Sala das lágrimas”, onde o novo papa rezará e se vestirá de branco antes de ser anunciado aos fiéis, já está totalmente preparada para o momento.
Após aceitar ser o 267º sucessor do apóstolo Pedro, o cardeal eleito irá ao pequeno espaço existente à esquerda do altar maior da Sistina, sob o “Juízo Final” de Michelangelo, provar e escolher uma das três batinas, uma de tamanho pequeno, outra médio e outro grande, e um dos sete pares de sapatos prontos.
A mozeta também reaparece, a capa vermelha curta que o papa Francisco nunca usou, mas que faz parte do traje papal. As vestes foram produzidas pelo alfaiate italiano Raniero Mancinelli.
Na verdade, desde a morte de um pontífice até a eleição do novo, cada fase é prevista e tem uma liturgia. Até a grande emoção, a perplexidade, o peso da responsabilidade de assumir o trono de Pedro e as consequentes lágrimas que tudo isso acarreta, são contemplados.
O lugar onde o novo Papa pode dar vazão a esse momento tão humano também é conhecido como “Câmara Lacrimatória” ou ainda “sala do pranto”.
Depois de ser eleito e aceitar a tarefa, é neste quarto íntimo que o religioso poderá desabafar sozinho e, ao mesmo tempo, recuperar a tranquilidade necessária para se mostrar ao povo de Roma e a toda a Igreja.
Já vestido de branco, o novo pontífice voltará à Capela Sistina, onde será recebido com aplauso pelos cardeais, que um por um se aproximará para lhe apresentar sua obediência. Depois, o primeiro cardeal dos diáconos, o protodiácono, neste caso o francês Dominique Mamberti, anunciará ao povo o novo pontífice, com a famosa frase em latim “Habemus papam”.
Na sequência, ele fará sua primeira aparição na Loggia das bênçãos, onde as cortinas vermelhas já foram colocadas nas janelas para receber o próximo líder da Igreja Católica, para dividir sua primeira bênção “Urbi et Orbi” (ao mundo e à cidade de Roma). (ANSA).