A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (14) a operação “Habeas Pater”, que tem como intuito combater possíveis crimes de corrupção ativa e passiva. Entre os alvos estão o desembargador Cândido Ribeiro, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), localizado em Brasília (DF), e o filho dele Ravik de Barros Bello Ribeiro, que atua como advogado.

O magistrado e o seu filho são suspeitos de vender sentenças para investigados da operação “Flight Level 2”, da PF, que apura crimes de tráfico internacional de drogas, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

A IstoÉ entrou em contato com o gabinete de Cândido, que informou que a operação corre em sigilo e o desembargador não tem nada a declarar.

O portal também provocou o advogado Ravik de Barros e o TRF-1 para comentarem o caso, mas não houve retorno até o momento.

Quem são os dois?

O magistrado Cândido Ribeiro é natural de São Luís, no Maranhão, e formou-se em Direito pela Universidade Federal do Maranhão no ano de 1982. Depois, em 1984, realizou Pós-graduação em Direito Público Interno na Associação de Ensino Unificado do Distrito Federal (AEUDF).

Em 1983, realizou uma especialização em Recurso Extraordinário na Universidade de Brasília.

Já no ano de 1996, ele foi nomeado juiz do TRF-1 “após ter sido indicado, em lista tríplice, por merecimento”, segundo informação do site do tribunal. Entre 2014 e 2016, presidiu o Tribunal Regional Federal da 1ª Região.

O seu filho, o advogado Ravik de Barros, formou-se em Direito pelo Centro Universitário de Brasília (UniCeub) e em Ciências Econômicas pela Universidade de Brasília (UnB).

Ele é sócio de um escritório de advocacia na capital federal e possui inscrições ativas no DF, Rio de Janeiro e Maranhão. Ravik também já foi servidor concursado do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome e do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Por fim, ele ainda trabalhou como assistente parlamentar do Senado e foi representante do governo no Conselho de Recursos da Previdência Social.