Saiba quem são as vítimas de ataque ‘antissemita’ em Washington

WASHINGTON, 22 MAI (ANSA) – Dois funcionários da Embaixada de Israel nos Estados Unidos foram assassinados a tiros em um ataque na noite de quarta-feira (21), em Washington, em uma ofensiva considerada como “um crime de antissemitismo”.   

As vítimas foram identificadas como Yaron Lischinsky, 28 anos, israelense nascido na Alemanha que trabalhava no departamento político da embaixada israelense em Washington, e sua namorada Sarah Milgram, uma judia americana que também era funcionária da sede diplomática.   

Os dois foram alvos de tiros ao deixar um evento no Museu Judaico de Washington que discutia ações de ajuda humanitária para moradores da Faixa de Gaza.   

Em sua página no LinkedIn, Lischinsky dizia acreditar “firmemente na visão delineada nos Acordos de Abraão” e que “expandir o círculo de paz com nossos vizinhos árabes e buscar a cooperação regional é do melhor interesse do Estado de Israel e do Oriente Médio como um todo”.   

O jovem, que era assistente de pesquisa, também apoiava “o diálogo inter-religioso e a compreensão intercultural”.   

Já Milgrim era funcionária do departamento de diplomacia pública e chegou a realizar pesquisas sobre teoria da construção da paz, com ênfase em iniciativas de base em Israel e Palestina.   

A mulher também se definia como “motivada a contribuir com organizações dedicadas a construir pontes, promover a harmonia religiosa e avançar práticas sustentáveis.” Segundo o perfil da Embaixada de Israel no X, “Yaron e Sarah eram nossos amigos e colegas” e “estavam no auge de suas vidas”.   

“Toda a equipe da embaixada está devastada com o assassinato.   

Não há palavras que possam expressar a profundidade de nossa dor e horror diante dessa perda devastadora. Nossos corações estão com suas famílias e a embaixada estará ao lado deles neste momento terrível”, diz a publicação.   

Além disso, o embaixador de Israel em Washington, Yechiel Leiter, revelou que as vítimas do ataque eram um casal que estava prestes a ficar noivo, relata o jornal “The Guardian”.   

“O homem comprou um anel esta semana com a intenção de pedi-la em casamento na semana que vem em Jerusalém”, acrescentou.   

O evento, que as duas vítimas do tiroteio em Washington compareceriam no Museu Judaico da Capital, foi anunciado como um coquetel para jovens profissionais judeus para promover a unidade e celebrar a herança judaica.   

O organizador, o Comitê Judaico Americano, disse que o evento estava aberto a todos os membros da comunidade diplomática de Washington, sob o tema “Transformar dor em propósito”.   

A descrição do evento afirma que trabalhadores humanitários que atuam em crises humanitárias no Oriente Médio, incluindo Gaza, foram chamados como convidados especiais. Embora os horários do evento tenham sido divulgados publicamente, o local só foi comunicado aos inscritos. (ANSA).