O brasileiro Ranani Glazer, de 24 anos, foi encontrado morto na noite de segunda-feira, 9. Ele estava na festa de música eletrônica “Universo Paralelo”, em Israel, que foi um dos alvos dos ataques realizados pelo grupo islâmico Hamas, no sábado, 7.
Resumo:
- O Hamas invadiu e atacou o festival de música eletrônica;
- No local, o grupo islâmico deixou mortos e fez alguns reféns;
- Ranani estava na festa com a namorada e um amigo. Os três procuraram um abrigo e se alocaram em um bunker nas proximidades.
+ ‘Devo a você a minha vida’, diz namorada de brasileiro encontrado morto em Israel
O evento aconteceu no deserto de Negev, próximo a fronteira entre Israel e Faixa de Gaza. Ranani estava na festa acompanhado da namorada, a brasileira Rafaela Treistman, e de um amigo. Assim que teve início o ataque do Hamas, os três buscaram abrigo e se alocaram em um bunker nas proximidades.
Depois de algumas horas, Rafaela foi resgatada pelas forças de segurança, mas não conseguiu encontrar o namorado.
Ranani Glazer
O jovem era natural do Rio Grande do Sul e tinha dupla nacionalidade brasileira-israelense. Ele morava havia sete anos em Israel e chegou a prestar serviço militar no país.
Em abril deste ano, por meio de publicações nas redes sociais, Ranani destacou o seu gosto por festivais de música eletrônica. “Fácil me encontrar em uma rave”, escreveu ele, em inglês.
Recentemente, o brasileiro também compartilhou uma série de imagens de eventos em Tel Aviv, capital de Israel.
O brasileiro chegou a gravar um vídeo diretamente de um bunker, onde se abrigou logo após o ataque. “Foi cena de filme. No meio da rave a gente parou num bunker, começou uma guerra em Israel, pelo menos a gente está num bunker agora, seguro”, disse.
Porém o local onde Ranani estava foi atingido por uma bomba.
Em seu perfil no X (antigo Twitter), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que tomou conhecimento sobre a morte do rapaz. “Ao solidarizar-se com a família, amigas e amigos de Ranani, o Governo brasileiro reitera seu absoluto repúdio a todos os atos de violência, sobretudo contra civis”, finalizou.