O ex-ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações Marcos Pontes (PL) se elegeu senador por São Paulo com 10,7 milhões de votos e foi o candidato mais votado para o cargo do País. O astronauta, de 59 anos, superou Márcio França (PSB), que era tido como o favorito na disputa pelo estado, de acordo com as pesquisas de intenções de voto.

Marcos Pontes assumiu o seu primeiro cargo político em 2018, quando foi eleito segundo suplente no Senado pelo antigo Partido Social Liberal (PSL). Mas, com a morte do senador Major Olímpio, em 2021, ele assumiu o posto de primeiro suplente.

No ano de 2019, Marcos Pontes foi convidado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) para comandar o ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações. Ele ocupou o cargo de ministro até março de 2022, quando decidiu se candidatar ao Senado pelo estado de São Paulo.

Trajetória de Marcos Pontes

Marcos Pontes é natural de Bauru, no interior de São Paulo. Ele é formado em engenharia aeronáutica pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e também possui mestrado em Engenharia de Sistemas pela Naval Postgraduate School (EUA). Além disso, o político tem a patente de tenente-coronel da Força Aérea Brasileira, hoje em dia na reserva.

Pontes ganhou notoriedade por ter sido o primeiro astronauta sul-americano a ter ido ao espaço durante a “Missão Centenário”, em 2006.

Depois, durante o período de 2011 a 2018, ele atuou como embaixador na Organização das Nações Unidas (ONU) para o Desenvolvimento Industrial. Nesse tempo, em 2013, ele se filiou ao PSB para concorrer ao cargo de deputado federal, mas não obteve sucesso.

No decorrer do seu cargo como ministro do governo Bolsonaro, Marcos Pontes demonstrou que não gosta de viajar somente para o espaço. De acordo com uma pesquisa da Revista Veja, feita em 2021, o astronauta realizou 107 viagens. Dentre elas, 20 foram internacionais e continham destinos de Paris à Antártica.

Ainda de acordo com a revista, Pontes foi o ministro que mais viajou no governo Bolsonaro. Naquela época, ela havia gastado cerca de R$ 503 mil com diárias e passagens. Além disso, 67 auxiliares o acompanhavam em suas viagens e eles tiveram os gastos custeados com os recursos públicos.