O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), encaminhou ao senado a indicação do atual ministro da Justiça, Flávio Dino, a um cargo no STF (Supremo Tribunal Federal). Paulo Gonet foi outro dos escolhidos pelo chefe de estado, mas para o cargo de procurador geral da república. A expectativa do petista é positiva e é esperado que o senado aprove as definições de Lula.

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Quem é Flávio Dino?

O atual ministro da Justiça é natural de São Luís, capital do estado do Maranhão, e nasceu em 1968, sendo filho de advogados. O pai dele, Sálvio Dino, já havia sido deputado estadual e prefeito da cidade de João Lisboa. Flávio Dino se formou em direito pela UFMA (Universidade Federal do Maranhão) e também concluiu um mestrado na Universidade Federal de Pernambuco.

O indicado por Lula exerceu o cargo de juiz federal por 12 anos, sendo também presidente da Ajufe (Associação dos Juízes Federais do Brasil) e secretário-geral do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), além de assessorar a presidência do STF. Dino abandonou trabalhos no poder judiciário em 2006, mesmo ano em que se filiou ao PCdoB (Partido Comunista do Brasil) e foi eleito deputado federal.

Flávio Dino também concorreu às eleições para governador do Maranhão em 2010, mas acabou perdendo a disputa para Roseana Sarney (MDB). Já na corrida estadual seguinte, o atual ministro da Justiça foi eleito, se tornando o primeiro candidato do PCdoB a atingir tal patamar, além de encerrar o poder de décadas que a família Sarney possuía no território.

Foi reeleito em 2018 após um mandato considerado positivo pela população. Durante o governo de Dino, São Luís se tornou a primeira capital do país a aplicar vacinas contra a Covid-19 em pessoas com 18 anos sem qualquer comorbidade.

Em 2022, o indicado ao STF foi eleito senador pelo PSB, assumindo em janeiro deste ano o cargo de Ministro da Justiça e Segurança Pública, escolhido por Lula.

Polêmicas

Flávio Dino teve um filho que morreu em 2012 após crises de asma. O hospital em que o jovem de 13 anos foi tratado, acabou condenado a pagar indenização para o indicado ao STF e a ex-mulher dele, devido a uma acusação de negligência médica. Uma médica e outra enfermeira foram absolvidas por falta de provas no mesmo processo.

No comando da pasta, Flávio Dino colecionou polêmicas, entre elas, a da “Dama do Tráfico”, quando Luciane Barbosa Farias, a esposa de um chefe da facção criminosa Comando Vermelho, fez ao menos três visitas à sede do Ministério da Justiça em Brasília, informação que foi revelada pelo Estadão. Na ocasião, Dino declarou que nunca recebeu a mulher no próprio gabinete e que as reuniões foram feitas com assessores.