A vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão (PP), de 45 anos, assume nesta segunda-feira (9) o comando da capital federal após Ibaneis Rocha (MDB) ter sido afastado por 90 dias por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

A determinação do magistrado ocorreu depois que apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) invadiram e depredaram o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e a sede do STF. Moraes afirmou que isso pode ter ocorrido com o consentimento de Ibaneis, uma vez que a organização dos atos era conhecida pelo governador.

Por conta disso, Celina Leão passa a comandar o governo do Distrito Federal. Ela é natural de Goiânia (GO) e possui formação em administração. Antes de ser vice-governadora, Leão exerceu a função de secretária de Esportes do Distrito Federal no ano de 2020.

Celina começou a sua trajetória política em 2010, quando foi eleita deputada distrital pelo PMN. Depois, em 2014, ela foi reeleita.

Em 2018, ela se mostrou como apoiadora de Jair Bolsonaro e conseguiu se eleger para o primeiro mandato como deputada federal. Na Câmara dos Deputados, Celina coordenou a Secretaria da Mulher. Depois, foi cotada para vice-governadora no chapa com Ibaneis Rocha, que se reelegeu no pleito de 2022.

Denúncia

No ano de 2017, Celina e outros quatro deputados foram alvos da Operação Drácon após uma denúncia feita pelo Ministério Público Federal (MPF) por corrupção passiva.

Na ação, os promotores alegaram que os parlamentares estariam envolvidos em uma suposta negociação de propina em troca de liberação de R$ 30 milhões em emendas para custear serviços de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

O MPF afirmou que a propina era 10% sobre o valor da emendas, ou seja, R$ 3 milhões. As defesas dos envolvidos negaram as acusações na época.

Por conta da operação, Celina chegou a ser afastada da presidência da Câmara Legislativa. Em 2022, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) suspendeu a ação penal feita pela Operação Drácon.