Na tarde do último domingo (8), o engenheiro Albert Alisson Gomes Mascarenhas divulgou nas suas redes sociais diversos vídeos em que aparecia no gramado em frente ao Congresso Nacional, em Brasília (DF), convocando os apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para invadirem o prédio do Legislativo. Ele é herdeiro da Construtora Meirelles Mascarenhas, empresa que fechou diversos contratos com o governo Bolsonaro.

Albert é filho de Ainesten Espírito Santo Mascarenhas, um dos donos da construtora, que tem sede no município de Redenção, Pará. Mesmo sendo herdeiro da empresa, ele não aparece como um dos sócios. De acordo com o seu perfil no Instagram, Alisson atua na Posto Cristal, uma das empresas de seu pai, localizada em uma rodovia estadual de Redenção.

A empresa foi fundada em 2017 e, segundo o Portal da Transparência, passou a abastecer veículos de órgãos do Governo Federal a partir de junho de 2019.

Após a repercussão da sua participação nos atos antidemocráticos, Albert apagou os seus perfis nas redes sociais.

Construtora Meirelles Mascarenhas

A Construtora Meirelles Mascarenhas atua na área de construção de rodovias e possui uma forte presença nos estados que compõem a Amazônia Legal, que são: Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e parte do Maranhão.

A companhia já esteve envolvida em investigações policiais. No ano de 2021, ela foi alvo da Operação Candidus, que apurou fraudes ambientais identificadas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) nas obras da BR 156, que corta o Amapá de sul a norte e se estende até a fronteira do Brasil com a Guiana Francesa.

A ação teve diversos desdobramentos que foi necessário criar a Operação Candidus 2, na qual a 4ª Vara Federal Criminal do Amapá autorizou a realização do mandado de busca e apreensão em mais de 20 endereços, dentre eles os da construtora e de Ainesten Mascarenhas.

Mas esse não foi o único problema ambiental da companhia. Entre os anos de 2005 e 2018, a Tescon Engenharia e a Construtora Meirelles Mascarenhas receberam juntas cerca de R$ 1 milhão em multas do Ibama.