O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está estudando uma reforma ministerial por estar insatisfeito com a equipe que ele próprio montou para seu governo.

De acordo com a colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo, Lula teria manifestado a sua insatisfação a diversos interlocutores. O petista considera que a sua administração vai bem, mas determinadas áreas do seu governo estão desorganizadas e não conseguem comunicar suas realizações à população, nem cria fatos para aumentar a visibilidade dos feitos.

No início da sua gestão, Lula resistiu a pressão para realizar mudanças importantes em seus ministérios. Porém agora ela admite que essas alterações são necessárias.

As reformas ministeriais podem atingir três áreas do governo: Palácio do Planalto (onde estão os ministros que despacham diariamente com o presidente), social e econômica.

Segundo a colunista Mônica Bergamo, alguns desenhos já estão sendo debatidos. O ministro Paulo Pimenta, da Secretaria de Comunicação Social e tem muito prestígio junto ao Lula, iria para a Secretaria-Geral, que cuida da interlocução com movimentos sociais, entre outras coisas. Ainda não está claro para onde o atual titular dessa pasta, Márcio Macêdo, seria transferido.

No lugar de Pimenta, estão sendo considerados nomes como o deputado federal Rui Falcão e o prefeito de Araraquara, Edinho Silva.

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, iria para a saúde, no lugar de Nísia Trindade Lima. O ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, voltaria ao Senado e entraria a ex-ministra Tereza Campello, que já ocupou o mesmo cargo.

Na área econômica as coisas seguiram girando em torno do titular da pasta, o ministro Fernando Haddad.

A ideia do presidente seria dar maior uniformidade, movimentando peças de outros ministérios ou bancos públicos ligados ao tema. As possibilidades estão sendo discutidas de maneira aberta entre os auxiliares do presidente, no PT e com parlamentares da base do governo.