‘Ainda Estou Aqui’ é um enorme sucesso, e isso todo mundo já sabe. O longa dirigido por Walter Salles, baseado no livro escrito por Marcelo Rubens Paiva e protagonizado por grandes nomes como Fernanda Torres e Selton Mello, acaba de ser indicado para três categorias no Oscar 2025: melhor filme, melhor filme internacional e melhor atriz para Fernanda Torres.
Agora, o que poucos sabem é do grande trabalho demandado em quase dois anos de produção, inclusive na seleção de elenco/figuração especial para a melhor ambientação possível da época que se passa a história vivida por Eunice Paiva e sua família.
Uma das produtoras responsáveis pelo longa foi a Proud Films, produtora de casting que tem como principal missão apresentar uma seleção autêntica e diversa, que inspira e exalta, de forma verossímil, a individualidade e a essência de cada personagem em filmes, séries e outros projetos audiovisuais.
Para este filme em específico, Paulinha Azevedo e Sarah Lessa (ambas produtoras de elenco e porta-vozes da Proud) trabalharam juntas, auxiliando na seleção e pesquisa de figuração especial, além de receber este elenco dentro do set de filmagem, de forma que se sentissem prestigiados. Para isso, elas abordaram pessoas nas ruas do Rio de Janeiro e São Paulo, pessoas em suas funções reais, policiais em atividade, alunos da USP e da PUC-SP para a cena da universidade e, especialmente, os familiares de Eunice Paiva, para a última cena do filme: o almoço em família.
Essa abordagem, já realizada em outros projetos do próprio diretor Walter Salles, também buscava pessoas reais que refletissem os perfis socioeconômicos e culturais das personagens, expressando as essências com naturalidade.
“A presença da família Paiva no set com certeza colaborou para tecer a atmosfera emocional do universo. Da mesma forma, escalamos outros figurantes especiais como as senhoras do Leblon, onde realizamos pesquisas locais e selecionamos moradoras reais. Para os estudantes universitários, buscamos estudantes em universidades públicas do Rio de Janeiro e particulares de São Paulo; para policiais, também selecionamos policiais reais, assim como vendedores de picolé, garçons, entregador de lavanderia”, ressalta Sarah.
Ela ainda destaca que a abordagem criada por Walter Salles e Dani Thomas “conduziu as gravações de forma a dar liberdade e profundidade durante o processo, fortalecendo não apenas o elenco, mas também a equipe como um todo, imprimindo para telas uma entrega emocional impactante que se refletiu nas filmagens e, principalmente, para o público, pois potencializou a essência da mensagem”.
Por fim, sobre a expectativa para o Oscar, ambas estão com uma certeza de que o longa já está garantido com pelo menos um troféu e que, acima disso, o mais importante é perceber o impacto da mensagem ecoando nos quatro cantos do Brasil e para além das fronteiras do país.
“Mais do que um filme, Ainda Estou Aqui é um manifesto. Ele nos lembra da importância da memória e da luta por justiça, para que nunca nos esquecemos de onde viemos, sob quais contextos já vivemos e, acima de tudo, para lembrar que para contar uma história de forma realmente impactante, é preciso se envolver verdadeiramente com quem está sendo representado”, finaliza Paulinha.