Ações educativas realizadas pela Federação Brasileira de Hemofilia (FBH), associações estaduais e hemocentros de todo o País estão ajudando na conscientização sobre a doença. No Brasil, são cerca de 11,5 mil pessoas afetadas pela enfermidade, 99,9% homens. Hereditária, a hemofilia é transmitida pelas mulheres (a alteração genética afeta o cromossomo X).

Os episódios de sangramento que caracterizam a doença podem ocorrer logo no primeiro ano de vida do paciente. Nos quadros graves e moderados, eles se repetem espontaneamente. Em geral, são hemorragias intramusculares e intra-articulares que desgastam primeiro as cartilagens e depois provocam lesões ósseas. As articulações mais comprometidas costumam ser joelho, tornozelo e cotovelo.

Na doença, algumas proteínas necessárias à coagulação do sangue encontram-se em menor quantidade de que o normal. “Temos treze fatores de coagulação no sangue em nosso organismo, e quando há algum hematoma/machucado, é necessário que um vá ativando o outro para que se forme o coágulo. Se um estiver deficiente, diminuído ou ausente, esse ciclo não se fecha e o indivíduo continua sangrando”, explica a hematologista e hematoterapeuta Claudia Lorenzato, responsável pelo tratamento de coagulopatias no Paraná. “Diagnosticar precocemente e corretamente a doença é fundamental para evitar complicações decorrentes”, ressalta a hematologista Ana Clara Kneese, da Santa Casa de São Paulo. Saiba mais no vídeo abaixo.