Silvio Santos morreu aos 93 anos de idade, neste sábado, 17, em decorrência de uma broncopneumonia, causada por uma infecção do vírus h1n1. E entre os últimos pedidos do comunicador em vida estava o de não querer velório no dia que morresse para que o sepultamento acontecesse rapidamente.

A família respeitará o pedido do comunicador e fará uma cerimônia íntima, somente para familiares e pessoas mais próximas, alegando que a ideia é que o público se lembre dele com alegria.

A despedida restrita será feita conforme a tradição judaica, religião do empresário e dono do SBT. Quando uma pessoa morre, um grupo de judeus especializados da Chevra Kadisha (Sociedade Sagrada) realiza os cuidados com o corpo, como a lavagem. Este ritual chama-se Tahará. O processo inclui a lavagem completa do corpo, simbolizando a purificação da alma para a passagem para o próximo mundo.

Depois, o corpo é envolvido em mortalhas brancas de linho, representando a igualdade de todos perante Deus, independentemente de status ou riqueza, são chamadas Tach’richim. O corpo é colocado em um caixão simples, sem luxo, que fica fechado o tempo todo. O corpo não pode ser cremado, embalsamado, nem ter seus órgãos removidos.

É recomendado também que o enterro seja feito o mais rápido possível depois que a pessoa morreu. Segundo a prática do judaísmo, enquanto o corpo não for enterrado, a alma não repousa.

Outro detalhe que a tradição pede é que não sejam feitos enterros aos sábados, dia da morte de Silvio, antes do pôr-do-sol, por ser o dia de descanso do povo judeu.

Já a cerimônia costuma ser um momento de leituras de salmos e homenagens ao ente querido que faleceu. A penúltima etapa do processo é o enterro, quando as pessoas que participaram da cerimônia ajudam a cobrir o caixão com terra, sendo um de cada vez. Por fim, os judeus colocam pedras nos túmulos como um ato de respeito pelo falecido.