Saiba como reconhecer se um panetone é de boa qualidade

ROMA, 11 DEZ (ANSA) – Considerado um verdadeiro símbolo das festas de Natal e orgulho da tradição italiana, o panetone era apenas uma sobremesa típica local, mas tornou-se um verdadeiro embaixador do “Made in Italy e da alta confeitaria internacional, apreciado e reinterpretado por confeiteiros de todo o mundo ? de Tóquio a Nova York – durante todo o ano.   

Capaz de se reinventar em formatos, tamanhos e interpretações, o panetone artesanal acompanha uma tendência global de valorização do preparo lento, da fermentação natural e da autenticidade dos ingredientes.   

Nas mesas italianas, essa iguaria deixou de ser apenas um doce festivo para representar um ritual: aprender a apreciar o produto artesanal, entendê-lo e reconhecer seu ponto ideal de maciez tornou-se quase um gesto cultural.   

Fazer um panetone artesanal, no entanto, continua sendo tarefa para poucos. Mas apreciá-lo, tocá-lo, cheirá-lo, observá-lo e finalmente saboreá-lo é um prazer acessível a todos. Cada fatia é resultado de técnicas ancestrais e de uma experiência transmitida por gerações de mestres confeiteiros.   

Em um mundo acelerado, o panetone artesanal se impõe como um convite à pausa: sua maciez, seus aromas de baunilha e frutas cítricas cristalizadas e a leveza de sua estrutura interna representam uma verdadeira poesia. Não é preciso sovar a massa para sentir-se parte desse ritual natalino; basta inspirar o perfume e experimentar o prazer de cada mordida.   

Muito antes de a massa ser preparada, a escolha das matérias-primas define o destino do panetone. A farinha ? forte, elástica e capaz de suportar longas fermentações ? é a protagonista silenciosa da receita. Ela garante a estrutura alveolada, a leveza e a maciez que diferenciam um panetone comum de uma verdadeira obra-prima artesanal.   

Para ajudar consumidores e entusiastas a reconhecer um panetone de excelência, a Agugiaro & Figna, em colaboração com mestres confeiteiros, desenvolveu o “Decálogo Sensorial” ? um guia que transforma a degustação em uma experiência completa.   

Confira abaixo: 1. Observe o formato: a cúpula deve ser alta, harmoniosa e bem desenvolvida; 2. Avalie a cor: uma crosta dourada e um miolo claro indicam ingredientes de qualidade e um processamento cuidadoso; 3. Examine a estrutura interna: a alveolização deve ser ampla e regular; 4. Confira a distribuição das frutas cristalizadas e das passas: todas devem aparecer de maneira uniforme, equilibrando aparência e sabor; 5. Toque com as mãos: o miolo precisa ser macio, elástico e levemente úmido, enquanto a crosta deve estar seca, mas não dura; 6. Cheire com os olhos fechados: os aromas autênticos de manteiga fresca, baunilha natural, frutas cítricas cristalizadas e fermento natural emergem; 7. Saboreie devagar: degustar lentamente realça o equilíbrio da doçura e a evolução dos aromas no paladar; 8. Avalie a textura: a maciez deve ser convidativa, persistente e delicada; 9. Perceba a persistência aromática: o sabor deve evoluir no paladar sem pesar, com elegância e leveza; 10. Reconheça a identidade: cada panetone artesanal traz a história do fermento natural, das matérias-primas selecionadas e das mãos que o fizeram, transmitindo um profundo senso de conhecimento compartilhado. (ANSA).