Saiba como fica a guerra no Oriente Médio após morte de líder do Hamas

Yahya Sinwar | (Crédito: AFP/Arquivos)

As autoridades israelenses anunciaram a morte de Yahya Sinwar, líder do Hamas, na quinta-feira, 17. O óbito foi confirmado pelo grupo extremista nesta sexta-feira, 18. De acordo com o país judeu, o homem foi eliminado em uma operação conduzida pelos militares na Faixa de Gaza.

Sinwar foi considerado o mentor dos ataques de 7 de outubro que desencadearam o atual conflito na região. De acordo com a “Associated Press”, a morte do líder do Hamas é um ponto de virada na guerra travada na Faixa de Gaza. O óbito é uma conquista para Israel e ocasiona no enfraquecimento do grupo extremista, que há meses enfrenta assassinatos de suas lideranças.

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O Irã declarou nessa sexta-feira, 18, que a morte de Sinwar servirá de modelo para que jovens e crianças trilhem o caminho de libertação da Palestina. “Enquanto houver ocupação e agressão, a resistência vai durar, porque o mártir permanece vivo e se torna fonte de inspiração”, afirmou a missão de Teerã enviada às Nações Unidas. O país é um dos principais aliados do Hamas.

Após o anúncio, Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, assegurou que a morte de Sinwar não representa o fim da guerra, mas o início para seu desfecho.

À “AFP”, o especialista na região David Khalifa, autor do livro “Israel-Palestina, ano zero”, disse que o Hamas ficou consideravelmente enfraquecido, mas isso não representa o fim do grupo. “O movimento conseguiu reconstruir unidades, como já vimos, e sua influência continua muito grande em Gaza”, apontou.

Os analistas consultados afirmaram que a principal repercussão da morte poderá ser a retomada das negociações de cessar-fogo e a libertação dos reféns.

Apesar disso, especialistas destacam a ausência de objetivos estratégicos de Israel, além de uma “vitória total” e a recusa em negociar com a Autoridade Palestina sobre a criação de um estado muçulmano na região como dificuldades para o fim do conflito.

*Com informações da AFP e da Ansa