Até os 6 meses de idade o bebê só precisa do leite materno, mas a partir dessa idade começa a fase das experimentações, que de certa forma não para nunca mais. Estar disposto a experimentar novos alimentos é ter sempre a chance de conhecer um novo alimento favorito.

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No primeiro mês de introdução alimentar, os alimentos devem ser oferecidos com leveza e sem pressão para que o bebê coma de tudo. Esse é o momento de conhecer novos sabores, texturas e temperaturas, é importante que isso aconteça de maneira lenta e gradual.

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É preciso que os pais tenham muita calma e paciência para não passar afobação e ansiedade para o bebê. Aos poucos o bebê vai demonstrando suas preferências, enquanto os pais devem continuar oferecendo, eventualmente, os alimentos antes recusados, para que aos poucos o bebê se acostume com os novos sabores. 

Neste momento existem muitas coisas novas acontecendo no entorno do bebê, ele mudou de posição, agora ele enxerga a mãe por um novo ângulo, tem novas texturas e a variação de temperatura dos alimentos, é muita novidade, o sabor é apenas uma delas. Assim como é fundamental ter atenção e delicadeza para perceber quando o bebê ou mesmo a criança, já maior, não gosta de determinado alimento mesmo depois de experimentá-lo várias vezes.

As crianças têm por impulso explorar o mundo. Se elas ficam soltas num jardim, logo acham uma borboleta e somem atrás dela, na praia correm e se jogam no mar como se o dominassem, e podem ficar horas brincando com a areia e explorando suas possibilidades. Se colocarmos um celular na mão delas, são capazes de nos dar aula.  Elas são curiosas por natureza, querem saber como tudo funciona e todos os porquês da vida. Isso é lindo, mas por que isso não acontece com os alimentos? 

Porque nos alimentamos de emoções também, e a resistência das crianças por experimentar alimentos novos pode estar relacionado aos sentimentos e a reação dos adultos. Ao experimentar um alimento, a criança sabe que corre o risco de não gostar, e poucas vezes a recusa da criança por um alimento é tratada com leveza e naturalidade.

É comum se usar frases como: “A mamãe fez com tanto carinho, vou ficar triste”. “O papai vai ficar chateado se você não comer”, ou, ainda, “Tem crianças na África morrendo de fome e você não quer comer”. 

Esses argumentos tiram a criança do lugar de explorar e experimentar e a coloca culpada, paralisando-a. Nenhuma criança quer ser responsável pela tristeza da mãe, pela frustração do pai, muito menos pela fome no planeta. Portanto, a melhor forma de lidar com a recusa é agindo com naturalidade, usando frases como: não gostou, não tem problema, amanhã a gente tenta um outro alimento, vai que você gosta. 

Alguns alimentos não são aprovados logo de cara, é preciso um tempo para ir se acostumando com o novo sabor. Muitos adultos adoram uma cervejinha gelada, mas poucos foram os que gostaram logo no primeiro gole. O ambiente, as referências emocionais da experiência e os exemplos fazem muita diferença para a aceitação de novos sabores.

Não desista nunca de oferecer. Existe um estudo que diz que é preciso experimentar o mesmo sabor entre 8 e 10 vezes para que se tenha certeza se gosta ou não dele. Se pensar que a depender da forma de preparo um alimento pode mudar completamente seu sabor, será preciso experimentar muitas e muitas vezes o mesmo alimento até ter certeza que não gosta.

Sem contar que as papilas gustativas se renovam de tempos em tempos, trazendo uma nova percepção dos sabores. Isso tudo para deixar claro que não vale desistir de oferecer novos alimentos para as crianças nunca.

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