Diferente do que estamos acostumados no Brasil, o sistema de votação para presidente nos Estados Unidos é complexo e ganhou contornos mais imprevisíveis por conta da pandemia. Para se ter uma ideia, nem sempre o candidato com o maior número de votos é o eleito para governar o país.

Vale ressaltar também que o voto é facultativo, ou seja, os norte-americanos só precisam votar se quiserem. Além disso, as campanhas eleitorais podem começar um ano e meio antes da eleição. Isso mesmo, e os eleitores precisam escolher entre Democratas e Republicanos. Existem outras legendas no país, mas pela força histórica o final da disputa acaba sempre entre os dois partidos.

Nas eleições deste ano, Donald Trump, que tenta a reeleição, representa os Republicanos e Joe Biden, os Democratas.

Outro ponto de destaque é que cada estado norte-americano tem liberdade para definir as regras eleitorais, que podem ser diferentes das normas do último pleito de 2016.

Pré-Campanha

Nesta etapa, os partidos costumam fazer debates para escolher os vencedores que vão representar a legenda na eleição daquele ano. Na última votação, em 2016, Trump venceu pelos Republicanos e Hillary Clinton pelos Democratas.

Delegados

Como já citado, os votos dos eleitores não vai diretamente para os candidatos e sim para delegados, os quais são definidos pelos partidos e ficam com a responsabilidade de olhar os votos nos distritos que representam.

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Como exemplo, o estado da Califórnia possui 55 delegados, caso Joe Biden seja o candidato mais votado na unidade federativa, ele não só vence no estado como leva o número de delegados para soma na disputa eleitoral.

Entretanto, cada estado norte-americano possui um número diferente de delegados, por isso, os candidatos costumam dar mais importância para os locais com mais representantes e que podem ajudar na somatória final. A quantidade de delegados é definida de acordo com a população, quanto maior o número de habitantes, mais delegados o estado terá.

Voto

Somente após todo esse processo, os eleitores vão às urnas para escolher o seu voto. Porém, nos Estados Unidos existem os chamados estados-pêndulos, que costumam decidir os vencedores das eleições presidenciais.

Enfim, o candidato vencedor nem sempre terá o maior número de votos. Trump não foi o mais votado em 2016, mas por ter somado o maior número de delegados nos estados em que ele venceu foi nomeado o presidente dos Estados Unidos.

Votação pelo correio

Com a pandemia ainda presente nos Estados Unidos, assim como em boa parte do mundo, o tradicional sistema de votação do país precisou ser reformulado. Com isso, milhares de norte-americanos estão depositando suas cédulas pelos correios. Parece inimaginável que em plena era da inteligência artificial, a economia mais poderosa do mundo ainda recorra ao antigo sistema de envio, mas o processo eleitoral norte-americano é considerado um dos mais democráticos do mundo.

Como o país da América do Norte possui forte influência nas decisões e rumos internacionais por conta da sua força econômica, neste período, as atenções ficam completamente voltadas para o pleito norte-americano. O novo presidente dos Estados Unidos toma posse no próximo mês de janeiro.


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