A ansiedade pode afetar crianças tanto quanto adultos. Segundo a instituição inglesa Children’s Society, 5 em cada 30 crianças estão propensas a algum problema de saúde mental, como a ansiedade.

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Dentre os sintomas de ansiedade em crianças menores estão: carência, choros em excesso, dificuldade para dormir, fazer xixi na cama e ter pesadelos. Crianças mais velhas podem ter falta de confiança, dificuldade para se concentrar, acessos de raiva ou até mesmo evitar atividades cotidianas, como ver os amigos. O psicólogo Angharad Rudkin explica: “Toda criança sentirá ansiedade em algum momento. É uma parte essencial do processo de crescimento e as ajuda a compreenderem melhor a si mesmas e ao mundo. Sentir um pouco de ansiedade e aprender estratégias para lidar com ela pode ser uma habilidade essencial para a vida”. 

Durante a pandemia, pais e responsáveis desenvolveram ainda uma nova preocupação, visto que o momento também não foi fácil para os pequenos. Confira, com informações do “The Sun”, nove causas de ansiedade em crianças e como ajudá-las com esses medos:

Monstros

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Até os 10 anos, as crianças ainda estão desenvolvendo a habilidade de distinguir entre a realidade e a fantasia, e é isso que os permite acreditar no Papai Noel e na Fada dos Dentes. No entanto, isso também os faz acreditar que existem monstros embaixo da cama. 

Desastres naturais

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Conforme as crianças crescem e entendem mais sobre o mundo, elas ficam cientes — e com medo — da existência de desastres naturais, como terremotos e inundações. 

Algo ruim acontecendo com seus pais

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A partir dos sete anos, as crianças podem se preocupar com o acontecimento de coisas ruins com seus pais. Isso ocorre porque, com o desenvolvimento cognitivo, uma criança pode pensar a longo prazo e começar a fazer hipóteses sobre coisas que acontecerão no futuro.

A ansiedade com a morte é compreensível para crianças dessa idade, e pais devem desenvolver mecanismos para ajudá-las a lidar com o luto.

Insetos e outros animais

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Tememos coisas que não são familiares. Aranhas e outros insetos podem parecer incomuns e assustadores para uma criança, bem como cães, quando não moram com elas.

Água

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Em algumas crianças, a água pode provocar ansiedade por uma questão sensorial, relacionada à sensação desse elemento. Para outras, é o medo de que algo ruim aconteça quando estão nela.

Situações novas

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Dependendo do temperamento do seu filho, ele se sentirá mais ou menos confortável em situações de novidade. Esta é uma estratégia natural de sobrevivência, mas pode atrapalhar a criança no momento de experimentar coisas novas.

Separação

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Crianças querem estar perto de seus pais, pois é assim que se sentem seguros. Por volta dos 9 e dos 18 meses, ocorre um pico na ansiedade de separação, que acredita-se coincidir com o desenvolvimento cognitivo. Conforme envelhecem, os pequenos podem mostrar ansiedade de separação quando começam a frequentar a escola.

Provas e trabalhos de escola

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Até mesmo crianças da primeira série podem se sentir pressionadas com provas e trabalhos escolares, e o medo de não se sair bem pode se espalhar para outros aspectos de suas vidas.

Férias

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Apesar de serem divertidas, as férias podem causar ansiedade em crianças que têm medo de sair da rotina. E mais: se os pais se estressarem com essa situação, os filhos também se estressarão.

Como ajudar uma criança

Existem várias maneiras de ajudar seu filho a reconhecer a ansiedade e enfrentá-la, sempre com a sua ajuda. Mostre-lhe como lidar com as preocupações de forma tranquila e racional. Crianças aprendem observando, portanto, se você mostrar que está com medo ou preocupada, seu filho também ficará. “Se isso for muito difícil, use esta oportunidade para obter ajuda para lidar com suas preocupações. Você não apenas ajudará a si, mas também ajudará seu filho”, aconselha Rudkin. Confira as orientações do psicólogo:

Dialogue 

Preocupações parecem muito mais fáceis de lidar ao ter a perspectiva de outra pessoa para ajudar a enfrentá-las. Explique, por exemplo, que embora haja monstros nas histórias, eles não existem na vida real. Isso os ajudará a distinguir imaginação e realidade.

Normalize

Seu filho deve saber que é normal se preocupar com estas questões e que o cérebro humano tende a ter pensamentos negativos, mas isso não significa que coisas ruins acontecerão. 

Tranquilize-o

Ajude seu filho a entender a causa de sua preocupação e tranquilize-o falando sobre a probabilidade de algo preocupante realmente acontecer. Por exemplo: ao falar sobre desastres naturais, reconheça que pode ser assustador viver em um mundo em constante mudança, mas a probabilidade de esses eventos catastróficos acontecerem é muito baixa.

Abrace-o

Crianças muitas vezes não entendem todas as palavras que adultos usam quando falam sobre preocupações. Por isso, um grande abraço pode significar mais que palavras.

Encoraje-o

Diga a seu filho como ele é forte e capaz de superar seus medos. Isso o deixará mais preparado para enfrentar situações que considere preocupantes.

Ensine técnicas de respiração

Técnicas de respiração podem ajudar crianças a relaxar.

Ensine-o a não evitar

A ansiedade se alimenta da negação. Crianças precisam aprender que a ansiedade diminui à medida que uma situação se torna familiar.