Geraldo Luís, de 52 anos, que recentemente anunciou a sua saída da Record TV após 16 anos na emissora, onde apresentou diversos programas, concedeu entrevista à colunista Drika Oliveira, do site NaTelinha, e falou o que pensa da televisão nos dias de hoje, relembrou história de vida e comentou sobre seus projetos profissionais daqui para frente.

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Ao ser questionado pelo veículo sobre o fim do contrato com a Record, o apresentador disse: “São necessidades e ciclos. Meu contrato venceria só em setembro do ano que vem, mas fizemos um acordo tranquilo, um acordo cordial, então, seguimos as nossas vidas. Então, eu pego o melhor daquilo que eu fiz, daquilo que eu sei que eu fiz e vou sair pela porta frente e sair com a porta aberta. Porque eu não visto só a camisa, eu tenho essa coisa de intensidade demais dentro de mim. E eu queria ter feito mais, obviamente, eu tinha apresentado outros projetos. Mas, tem gente em televisão que é parasita assim como deve ter em redação. Mas na TV tem”.

Na sabatina, Geraldo ainda lamentou o momento atual da TV. “Hoje a televisão está órfã. Hoje é uma televisão carente. A televisão hoje tem vergonha de fazer televisão para o povo.  Por isso que a internet ganhou tanto espaço. Hoje o povo consegue se ver mais com o celular na mão do que com a televisão”.

“Conseguir manter um telespectador hoje, por horas, na frente da televisão, é um prêmio. É como se você recebesse um troféu. Como se ganhasse um campeonato porque a pessoa ficou uma hora lá assistindo na televisão. Isso aconteceu porque a televisão se distanciou da realidade do povo. Hoje tem diretores que não pensam em fazer programas pro telespectador, pro povo…. É tudo meio uma forma pronta. Não estou defendendo só o meu não!”, afirmou.

“A televisão parece que rejeitou o meio popular, mas não estou falando do popularesco e nem de baixaria. Estou falando do popular, com qualidade de programa de entrevista. E eu encontrei um filão que é essa questão de contar histórias. Todo mundo tem uma história para contar e o Brasil é muito rico em pessoas com histórias incríveis. Mas é o jeito de contar que faz a diferença e eu consigo. Eu tenho esse dom porque eu vim do rádio, fiz 24 anos de rádio e tudo que eu tenho eu devo ao rádio”, contou.

“Eu saí de uma zona, um prostíbulo, de um puteiro, onde eu morava com a minha mãe, porque o rádio me deu a dignidade. O Geraldo Luís nasceu no rádio. O rádio me doutrinou e me deu essa escola. Você vê todos os que estão em televisão e que vieram de rádio perduram um pouco mais. Eu falava muito disso com o Goulart de Andrade e ele: “é o que vai salvar você, que é jovem, quando você for para televisão. Leva o rádio junto, converse”, finalizou o comunicador.