Rio, 10 – A produção nacional de café será recorde em 2020, com 3,6 milhões de toneladas, ou 59,6 milhões de sacas de 60 kg, crescimento de 19,4% em relação a 2019, conforme o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola de agosto, divulgado nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A estimativa ficou 1,0% acima da feita no LSPA de julho.

Segundo o IBGE, para o café arábica, a produção estimada foi de 2,7 milhões de toneladas, ou 45,0 milhões de sacas de 60 kg, recorde da série histórica do IBGE. Em relação ao ano anterior, a estimativa da produção apresentou crescimento de 30,4%, devido à bienalidade positiva da safra – já que o café é colhido ano sim, ano não. O LSPA de agosto ajustou a estimativa para a produção de café arábica em 1,1% em relação a julho.

A maior variação do mês coube ao Espírito Santo, terceiro maior produtor nacional (8,0% do total) com produção estimada em 216,3 mil toneladas, alta de 7,0% em relação a julho e de 42,9% em relação a 2019, informou o IBGE. Minas Gerais segue como principal produtor nacional (71,6% do total). A estimativa da produção mineira, de 1,9 milhão de toneladas, aponta alta de 30,5% em relação a 2019.

Para o café canephora, mais conhecido como conillon, a estimativa de produção ficou em 875,0 mil toneladas, ou 14,6 milhões de sacas de 60 kg, em agosto. Será uma alta de 5,2% em relação a 2019. Na comparação com o LSPA de julho, houve ajuste para cima de 0,6%.

A produção nacional de trigo, estimada em 7,2 milhões de toneladas, também deverá registrar forte crescimento em 2020, com alta de 38,0% ante 2019. Na comparação com a estimativa de julho, houve ajuste de 2,1% para baixo.

Segundo o IBGE, a região Sul deve responder, em 2020, por 90,0% da produção tritícola nacional. No Paraná, maior produtor desse cereal (48,1% do total nacional), a produção foi estimada em 3,5 milhões de toneladas – crescimento de 62,9% em relação a produção de 2019, com ajuste de 5,7% para baixo em relação a julho. O Rio Grande do Sul, segundo maior produtor (39,6% do total), deve produzir 2,9 milhões de toneladas, crescimento de 25,1% em relação a 2019.