29/02/2024 - 10:48
A apresentadora Sabrina Sato, de 43 anos, assumiu publicamente seu romance com o ator Nicolas Prattes, 26, nesta quarta-feira, 28. Rapidamente, ela passou a ser vítima de etarismo. Trata-se de discriminação e preconceito contra pessoas com idade avançada. Os ataques começaram após perfis de fofocas no Instagram divulgarem o relacionamento da artista com o o galã da Globo.
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“Ele tem idade para ser o filho dela”, “A Sabrina gosta de novinho”, “Ele é bem mais novo que ela” e “O que essa mulher está fazendo com um cara bem mais novo que ela?” foram apenas alguns dos comentários nas redes sociais.
Sabrina e Prattes, que estariam vivendo um romance desde o final de janeiro, quando foram vistos juntos num hotel no Rio de Janeiro, na última quarta-feira, 28, compartilharam vídeos românticos durante uma viagem que estão fazendo juntos. Nos registros, o casal aparece abraçado em uma piscina vendo o por do sol.
O que é etarismo ?
- O etarismo é identificado dentro de padrões sociais, de beleza, no mercado de trabalho, com isso, muitas mulheres se sentem julgadas ao surgirem as primeiras rugas e cabelos brancos;
- Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), em um relatório de 2021, estima-se que uma em cada duas pessoas pratique alguma atitude relacionada ao etarismo no mundo.
A IstoÉ Gente conversou com a neuropsicanalista da USP Priscila Gasparini Fernandes, que explicou tudo sobre o assunto. Confira!
“No dia a dia infelizmente é muito comum ouvirmos a frase: “Você não tem mais idade para isso”, ou evitar um caixa eletrônico onde um idoso está utilizando pois teoricamente irá demorar. A taxa de contratação de idosos para o mercado de trabalho é extremamente baixa. O estereótipo de que a idade é um problema afeta muito a vida dos idosos, o medo de falhar e ser julgado faz com que eles se afastem do convívio social, gerando tristeza e depressão”, começou a profissional.
“Etarismo, idadismo ou ageísmo são usados para definir o preconceito em relação a idade avançada dos indivíduos, se refere aos estereótipos (como pensamos), preconceito (como nos sentimos) e discriminação (como agimos) em relação aos idosos. O etarismo está relacionado com a capacidade do ser humano em tomar decisões, atividades profissionais e realizar tarefas rotineiras. É muito comum, por exemplo, tratar os idosos como uma criança, como se reafirmasse um retrocesso no desempenho cognitivo, intelectual e social. O idoso é tão capaz de viver independente como qualquer outro cidadão”.
“Com o aumento da expectativa de vida da população como um todo, devemos criar uma melhor conscientização nas pessoas, e um respeito maior pelo idoso, por seu conhecimento e experiencia adquirida pela vivencia que teve. Negar o envelhecimento de outras pessoas é negar a própria vida, pois haverá o mesmo processo de envelhecer para todos, devemos semear o respeito e a consideração, pois iremos colher, ensinando nossos filhos a não vincular a idade com a capacidade, trabalhando sempre a inclusão e o amor ao próximo”, finalizou Priscila Gasparini.