O medicamento naloxona, também conhecido como Narcan, tem sido usado cada vez mais pelos socorristas e pessoas que fazem trabalhos voluntários pelos Estados Unidos, pois essa droga reverte rapidamente as overdoses de opioides e acaba salvando milhares de vidas.

Um levantamento feito pelo Centro Nacional de Estatísticas de Saúde (NCHS, sigla em inglês) mostrou que mais de 100 mil pessoas morrem a cada ano nos Estados Unidos por overdose, dentre elas, 80 mil são por uso de opioides.

Por conta disso, as autoridades americanas traçam estratégias para conter o vício crescente e também “mitigar os danos”, como se diz no jargão médico.

Na parte de “mitigação de danos” entra a distribuição e administração do medicamento naloxona. Essa droga impede que os produtos químicos da heroína, oxicodona, morfina, fentanil, entre outros, sejam aderidos pelos receptores do sistema nervoso.

Além disso, os trabalhadores voluntários ensinam as pessoas a identificar quando alguém está sofrendo uma overdose. Os sinais são: cabeça completamente caída, pela azulada, pupilas contraídas e dificuldade para respirar.

Nesse caso, a pessoa deve inserir o naloxona no nariz da outra e apertar. A recomendação é que se faça isso até os socorristas chegarem ou até o usuário de drogas voltar a si.

Além do spray nasal, o medicamento possui a versão que pode ser injetada.

Por conta da sua eficácia, diversas regiões americanas vendem o naloxona na farmácia, o distribuem em escolas e, em breve, deve estar presente nas bibliotecas públicas.

Apesar disso, há críticos que argumentam que isso pode tornar os viciados em opioides mais propensos a correr riscos.

Contudo Nathan Smiddy, de 30 anos, que já sofreu duas overdoses e está “limpo” há três anos ressalta: “Tudo o que a naloxona faz é permitir que as pessoas vivam. Você não pode mudar sua vida se estiver morto. É uma questão de compaixão e empatia”.