Os atletas russos e bielorrussos que vão participar dos Jogos Olímpicos de Paris 2024 não vão desfilar ao lado das demais delegações na cerimônia de abertura no rio Sena, no dia 26 de julho, anunciou o Comitê Olímpico Internacional (COI) nesta terça-feira (19).

Segundo James MacLeod, diretor de Solidariedade Olímpica do COI, esses atletas participarão do evento “a título pessoal” e, portanto, não estarão no desfile de abertura, mas “terão a possibilidade de viver o evento”.

Esta decisão segue a mesma linha da que foi tomada no início de março pelo Comitê Paralímpico Internacional (IPC) para a cerimônia de abertura dos Jogos Paralímpicos, em 28 de agosto, e igualmente exclui, assim como o IPC, a contagem dos pódios dos “atletas individuais neutros” (AIN) em seu quadro de medalhas oficial.

A Comissão Executiva do COI aprovou nesta terça-feira uma bandeira dedicada a esses atletas russos e bielorrussos, com as letras “AIN” sobre um fundo verde. Também foi aprovado um curto hino sem letra, que será executado caso algum desses atletas conquiste o título olímpico.

Sem poder usar as cores de Rússia e Belarus, os atletas desses países autorizados a competir nos Jogos de Paris não devem ser muitos: apenas 12 russos e sete bielorrussos se classificaram até o momento, entre os 6 mil que já garantiram vaga no evento, explicou James MacLeod.

O COI projeta, “segundo o cenário mais provável”, que haja 36 russos e 22 bielorrussos ou, “no máximo”, 55 russos e 28 bielorrussos, segundo MacLeod.

Uma vez classificados, os atletas ainda precisarão ter sua participação aprovada por um “Comitê de Exame” instituído pelo COI especialmente para analisar se apoiaram de maneira ativa a invasão russa à Ucrânia.

A decisão sobre a cerimônia de encerramento, que tradicionalmente reúne os atletas mais do que as delegações, com um protocolo menos estrito, “será tomada mais adiante”, acrescentou MacLeod.

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