05/10/2024 - 18:00
Roosevelt Ribeiro de Carvalho, conhecido como Russo Passapusso, comanda o programa “Papo de Segunda”, do GNT, ao lado de João Vicente de Castro, Eduardo Sterblitch e Francisco Bosco, desde abril deste ano, quando teve início a nova temporada da atração.
Participar do semanal no canal pago da Globo é uma experiência antropológica para o músico, que também faz parte do BaianaSystem. Segundo ele, dialogar com diferentes opiniões enriquece o pensamento e leva conteúdo de qualidade para o público.
“Tem sido uma vivência de sintonia. Sintonizando com outros discursos, com outras vivências, com outros pontos de vista, outros tipos de visão dos outros apresentadores e aprofundando com os convidados e convidadas que são especialistas em cada papo, em cada assunto”, declarou em entrevista exclusiva ao site IstoÉ Gente.
Russo afirma que debater assuntos do cotidiano, que atingem a sociedade como um todo, aproxima os apresentadores de quem está do outro lado da telinha.
“Os assuntos são factuais e a gente tem que se mostrar ou mostrar que a gente está ali para aprender. Então, traz muito do senso de humanidade através de um papo leve, em um dia em que as pessoas estão ali começando suas semanas. Então, a gente se coloca ali para poder somar tanto no horário, que é um descanso com informação leve, com um bom humor, trazendo para as pessoas que vão estar trabalhando ali o melhor da gente”, completa ele, que acredita que as discussões formam um “quebra-cabeça de opiniões”.
“Montar esse quebra-cabeça através das nossas opiniões, dos nossos sotaques diferenciados e esse prazer de estar ali na sintonia fina do que acontece no Brasil e no mundo, para poder conversar com todo mundo, para poder falar com todo mundo de uma forma leve e mostrar que a gente está ali para poder trazer um pouco de diversão, entretenimento e não perder o braço, a mão, a conexão com a informação. Tem sido grandioso”, destaca.
15 anos de BaianaSystem
A mistura de reggae sound system com a guitarra baiana deu origem ao grupo BaianaSystem, que há 15 anos arrasta multidões, fazendo uma fusão do gênero jamaicano com ritmos afro-brasileiros, como afoxé, ijexá e samba-reggae.
Com um navio pirata como símbolo, a banda conquistou um vasto repertório musical, repleto de influências culturais e sonoras a cada nova composição.
Passapusso fez um balanço sobre o grupo na última década:
“Foi muito interessante ver isso. 15 anos, uma adolescente. Antigamente, eu tratava o Baiana como a música urbana, a música fora de casa, e tratava muito esse trabalho da gente, que é um paraíso, esse trabalho de solo. Eu digo que não tem muito solo, é sempre o coletivo nos nossos trabalhos. Mas eu entendo que falo mais sobre minha vivência, sobre a música brasileira, é uma composição que vem através do violão, esse trabalho que eu faço que é mais cancioneiro e esses cruzamentos”, detalha.
“Hoje eu percebo que tudo faz parte de uma relação só, uma grande cria, um grande ambiente, um grande coletivo, uma constelação musical forte. Em torno do Baiana, em torno da minha pessoa também”, completa.
Ao ser questionado sobre o que mudou do início até hoje, Russo aponta: “Hoje a gente interage bem mais, não só como compositor, cantor, mas bem mais nos outros setores, como produção, trabalhando, entendendo a música, em todas as camadas que fazem a música acontecer. A gente sente mais esse sabor”.