Depois da China, a Rússia anunciou nesta segunda-feira (16) que tomou medidas restritivas e proibiu todas as importações de produtos marítimos procedentes do Japão, em resposta ao despejo no mar de águas residuais tratadas da usina nuclear de Fukushima.

A agência reguladora de produtos agrícolas russa, Rosselkhoznadzor, “a partir de 16 de outubro de 2023 adere às medidas restritivas provisórias da China em relação à importação de peixe e produtos marítimos do Japão”, informou em comunicado, acrescentando que se trata de uma “medida preventiva”.

“As restrições permanecerão em vigor até que seja fornecida a informação exaustiva necessária para confirmar a segurança” destes produtos, especificou a mesma fonte.

A China suspendeu todas as importações japonesas deste tipo em agosto, depois que o Japão começou a despejar no oceano Pacífico parte dos 1,34 milhão de toneladas de águas residuais que se acumularam desde que um tsunami deixou a central de Fukushima inoperante em 2011.

A água foi usada para resfriar os três reatores que sofreram fusões nucleares em 2011, quando ocorreu um dos piores desastres nucleares do mundo.

Este processo foi validado pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e Tóquio insiste que o despejo não é perigoso para o meio ambiente ou para a saúde humana.

A segunda fase do despejo dessas águas residuais começou em 5 de outubro.

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