Rússia reivindica conquista de localidades em três regiões ucranianas

A Rússia afirmou nesta quinta-feira ter tomado vilarejos situados em três regiões da Ucrânia, marcando seu avanço em vários fronts frente a um exército ucraniano que carece de efetivos e armamento.

As tropas russas continuam sua ofensiva e seus ataques aéreos na Ucrânia, apesar do ultimato lançado na segunda-feira por Donald Trump a Vladimir Putin para pôr fim ao conflito, iniciado em fevereiro de 2022.

O Ministério da Defesa russo declarou nesta quinta-feira (17) que suas forças haviam capturado os vilarejos de Popiv Iar, localizado na região de Donetsk na frente oriental; Kamianske, na região de Zaporizhzhia, na frente sul; e Dehtyarne, na região de Kharkiv, no nordeste do país.

O Exército russo reivindica frequentemente a conquista de pequenos vilarejos, sobretudo na região de Donetsk, que concentra os combates mais intensos.

Na segunda-feira, Trump deu à Rússia um prazo de 50 dias para pôr fim ao conflito na Ucrânia, sob ameaça de severas sanções, e anunciou um rearmamento maciço de Kiev através da Otan.

O anúncio do presidente americano representa uma mudança radical, já que Trump havia sido crítico da ajuda prestada a Kiev e havia se aproximado ao presidente russo, Vladimir Putin.

No entanto, a recusa deste último em aceitar um cessar-fogo provoca uma crescente frustração no presidente americano, que agora declara estar “decepcionado” com o líder do Kremlin.

A Rússia intensificou nas últimas semanas os bombardeios maciços sobre a Ucrânia, frequentemente envolvendo centenas de drones e mísseis, fornecidos por uma indústria de defesa que opera em plena capacidade.

Os esforços diplomáticos parecem estar estagnados.

Duas rodadas de negociações na Turquia deram poucos resultados, e ambos os países ainda não anunciaram uma data concreta para um terceiro encontro.

Suas posições parecem irreconciliáveis. Moscou exige que Kiev lhe ceda quatro regiões inteiras (Kherson, Donetsk, Lugansk e Zaporizhzhia), além da Crimeia, já anexada, demandas inaceitáveis para a Ucrânia.

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