A Rússia denunciou nesta quinta-feira (24) “com firmeza” ao embaixador britânico as “ações perigosas” do contratorpedeiro da Royal Navy na costa da Crimeia, contra as quais Moscou afirma ter disparado tiros de advertência por estar em águas russas do Mar Negro.

O Ministério das Relações Exteriores da Rússia convocou a embaixadora do Reino Unido em Moscou, Deborah Bronnert, para consultas após criticar “as ações perigosas e provocativas do navio britânico” HMS Defender um dia antes.

A Rússia afirma ter disparado tiros de advertência no HMS Defender na quarta-feira no Mar Negro perto da Crimeia, uma área que considera sua desde que anexou a península em março de 2014. No entanto, Londres negou a informação.

“No caso de tais provocações acontecerem novamente, toda a responsabilidade por suas possíveis consequências será inteiramente do lado britânico”, acrescentou o comunicado russo.

De acordo com o governo russo, o navio britânico ignorou os avisos e, portanto, dispararam tiros de aviso. Uma aeronave Su-24 realizou um “ataque preventivo ao longo” do trajeto da embarcação.

O Ministério da Defesa do Reino Unido nega que tiros de alerta tenham sido disparados contra o HMS Defender e que “a alegação de que bombas foram lançadas em seu caminho” é falsa. Londres afirma que seu navio estava fazendo “uma viagem inocente pelas águas territoriais ucranianas”.

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O incidente ocorre poucos dias antes das manobras Sea Breeze 2021, que acontecerão de 28 de junho a 10 de julho, no Mar Negro e envolverão os Estados Unidos, outros países da OTAN e a Ucrânia.


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