Rússia nega encontro com Trump e Zelensky

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Zelensky pediu para que Putin participe pessoalmente dos diálogos de Istambul Foto: POOL/AFP

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, propôs nesta quarta-feira (28) a realização de um encontro com seus homólogos americano, Donald Trump, e russo, Vladimir Putin, a fim de forçar Moscou a aceitar um cessar-fogo.

No entanto, o Kremlin negou a oferta no momento.

“Se Putin não se sente confortável com uma reunião bilateral, ou se todos quiserem que seja uma cúpula trilateral, não me importo. Estou pronto para qualquer formato”, declarou Zelensky hoje nas redes sociais.

O líder ucraniano também acrescentou que “gostaria muito” que Trump impusesse um pacote de sanções mais rígidas ao setores bancário e energético da Rússia em resposta à onda de ataques aéreos realizados por Moscou nos últimos dias – o bombardeio do último domingo (25) contra o território ucraniano foi o mais agressivo desde o início da guerra, em fevereiro de 2022.

Em resposta a Kiev, o Kremlin afirmou “não ser contrário à possibilidade de um encontro entre Putin e Zelensky”, mas frisou que tal reunião deverá acontecer “após a realização de acordos específicos entre as duas delegações em vários âmbitos”.

Segundo comunicado do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) emitido na última terça-feira (27), nos últimos três dias, ao menos três crianças morreram e outras 13 ficaram feridas na Ucrânia diante da intensificação dos ataques russos.

“De janeiro a abril de 2025, de acordo com dados das Nações Unidas, mais de 220 menores foram mortos ou feridos nos bombardeios [em território ucraniano], um aumento de cerca de 40% em relação ao mesmo período do ano passado”, disse o Unicef.

Nesta manhã, a aeronáutica militar de Kiev informou que as forças de Moscou atacaram o país durante à noite com seis mísseis e 88 drones de vários tipos.

Já Zelensky alertou que a Rússia está enviando “mais de 50 mil soldados” para as linhas de frente ao redor da região ucraniana de Sumy, na fronteira entre os países, onde os militares de Moscou capturaram vários assentamentos em uma tentativa de estabelecer uma “zona-tampão” dentro da Ucrânia.

(ANSA).