A Rússia lançou um mandado de busca contra a primeira-ministra da Estônia, Kaja Kallas, de acordo com uma notícia publicada nesta terça-feira no site do Ministério do Interior, em um novo gesto que reflete as tensões com os países bálticos desde o ataque do Kremlin à Ucrânia.

Segundo as informações, Kallas, no cargo desde 2021, está sendo perseguida por um “processo criminal”, mas sem especificar de que crime ou delito é acusada.

O secretário de Estado da Estônia, Taimar Peterkop, também está sujeito a um mandado de busca, assim como o ministro da Cultura da Lituânia, Simonas Kairys.

Uma fonte de segurança russa, citada pela agência de notícias estatal TASS, afirmou que os dois responsáveis da Estônia e o ministro lituano foram acusados de “destruição e degradação de monumentos [em memória] dos soldados soviéticos” da Segunda Guerra Mundial.

Vários destes monumentos, um legado da URSS após a Segunda Guerra Mundial, foram desmantelados nos últimos anos nos países bálticos, como uma rejeição ao período soviético.

Uma minoria russa reside na Estônia, Letônia e Lituânia, três ex-repúblicas soviéticas que são atualmente membros da União Europeia e da Otan e que mantêm relações tensas com Moscou.

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