KIEV, 26 MAI (ANSA) – Após o “pior ataque russo na Ucrânia desde o início da guerra”, em 2022, no último domingo (25), que deixou ao menos 12 mortos e mais de 60 feridos, o presidente do país, Volodymyr Zelensky, criticou o “silêncio dos Estados Unidos e de outros no mundo” que apenas “incentivam [seu homólogo em Moscou, Vladimir] Putin” a seguir com os bombardeios. Ele foi rebatido pelo mandatário americano, Donald Trump, que também chamou o líder russo de “maluco”.
Zelensky “não ajuda seu país falando como fala. Tudo aquilo que sai de sua boca cria problemas. Eu não gosto e é melhor que ele se cale”, escreveu Trump em seu perfil do Truth, acrescentando ainda que a guerra no leste europeu não é sua, mas dos respectivos líderes dos países envolvidos e de seu antecessor, Joe Biden.
No entanto, o republicano também não poupou Putin de críticas.
“Ele [Putin] está completamente maluco”, falou Trump. “Ele sempre disse que queria toda a Ucrânia, não apenas uma parte.
Mas se fizer isso, levará à queda da Rússia”, destacou ainda o mandatário de Washington.
A Comissão Europeia se manifestou contra os bombardeios, declarando que eles mostram que “a Rússia não está interessada na paz e por isso, é preciso aumentar a pressão [sobre ela”.
“Estamos trabalhando com sanções que possam paralisar a economia russa”, disse uma porta-voz da Comissão Europeia.
Segundo a aeronáutica da Ucrânia, a noite do último domingo foi marcada por um novo recorde de drones russos contra o país nos últimos três anos de guerra: 355 de vários tipos, incluindo o Shahed 136 (também conhecido como “kamikaze”), além de nove mísseis de cruzeiro.
Os ataques aconteceram no mesmo dia em que Kiev e Moscou finalizaram a troca de mil prisioneiros dos dois lados, o único acordo realizado durante o encontro na Turquia entre suas delegações em meados do mês.
De acordo com o Kremlin, os bombardeios de ontem foram uma “retaliação” aos enormes ataques de drones ucranianos em solo russo nas últimas semanas, principalmente nas que antecederam as comemorações de 9 de maio, quando Moscou recebeu diversos líderes internacionais, entre eles, o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, no aniversário de 80 anos da vitória sobre o nazifascismo. (ANSA).