Um tribunal russo prolongou, nesta terça-feira (9), a pena de prisão de Lilia Chanisheva, aliada do falecido opositor russo Alexei Navalny, de sete a nove anos, informaram a oposição no exílio e um meio de comunicação independente.

Lilia Chanisheva, ex-coordenadora da equipe de Navalny na república russa de Bascortostão, foi condenada a sete anos e meio de prisão por acusações de “extremismo” em junho de 2023.

Mas a Suprema Corte dessa república, localizada a oeste dos montes Urais, estendeu sua pena a nove anos e meio, revelaram veículos independentes e a equipe de Navalny nas redes sociais.

“As penas de Lilia Chanisheva foram endurecidas a 9,5 anos”, escreveu a equipe de Navalny, o principal opositor do Kremlin, que morreu em 16 de fevereiro, nas plataformas.

“Nos últimos dias, seu marido disse que ela estava muito doente nos últimos meses”, acrescentou.

Uma rede social controlada por aliados de Chanisheva confirmou a sentença.

Seu marido, Almaz Gatin, afirmou que as autoridades estavam se vingando de sua mulher: “Minha mulher cuidava da república, cuidava dos cidadãos. Todo seu trabalho foi legal e não houve reclamações”, declarou em um vídeo divulgado no Telegram.

Chanisheva é uma das poucas aliadas de Navalny que ainda permanece na Rússia.

A dissidência pública foi duramente reprimida na Rússia desde o início da ofensiva contra a Ucrânia, iniciada em 24 de fevereiro de 2022.

A morte de Navalny em uma prisão do Ártico russo, em circunstâncias não esclarecidas, aumentou os temores dos membros dos opositores presos na Rússia.

Chanisheva foi presa em 2021 quando a ONG de Navalny foi proibida como “organização extremista” e seu líder preso.

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