Rússia e Ucrânia completam troca de mais de mil prisioneiros de guerra

Forças Armadas da Ucrânia via Reuters
Prédio atingido por ataques na cidade de Kostiantynivka, Ucrânia Foto: Forças Armadas da Ucrânia via Reuters

Rússia e Ucrânia completaram neste domingo, 25, uma grande troca de prisioneiros de guerra que envolveu a libertação de mil combatentes de cada lado.

A operação, confirmada pelo Ministério da Defesa de Moscou e pelo presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, fechou um acordo firmado na Turquia há pouco mais de uma semana e feito por etapas. A expectativa é de que a troca possa marcar o início de um ciclo de negociações para cessar o conflito, que teve início em fevereiro de 2022.

+Antes da conclusão da troca, um ataque russo deixou 12 mortos na Ucrânia

Na última delas, que foi a terceira, os dois lados libertaram 303 militares. Na visão do vice-ministro da Defesa russo, coronel-general Alexander Fomin, o sucesso da troca deverá criar um clima favorável para discutir as condições para a resolução do conflito.

“Esperamos que a troca em larga escala de prisioneiros, realizada por iniciativa da Rússia, facilite a criação de um clima favorável para discutir as condições para uma resolução pacífica da crise ucraniana”, declarou o russo, citado pela Interfax.

Paralelamente, o ministro do Interior da Ucrânia, Ihor Klymenko, apontou que as forças de Moscou efetuaram o “maior ataque” contra Kiev desde o início do conflito, que ocorreu em 13 regiões diferentes e resultou em 12 mortos e 60 feridos. Os bombardeios danificaram 80 edifícios residenciais.

“Cada ataque terrorista russo desse tipo é motivo suficiente para novas sanções. A Rússia está prolongando esta guerra e continua matando todos os dias. O mundo pode estar de férias, mas a guerra continua, independentemente dos fins de semana e dias úteis. Isso não pode ser ignorado. O silêncio dos Estados Unidos e de outros países ao redor do mundo só encoraja Putin”, alertou Zelensky.

A Alta Representante da União Europeia, Kaja Kallas, informou que as ofensivas “demonstraram mais uma vez a determinação da Rússia em causar mais sofrimento e aniquilar a Ucrânia”, além de ter sido “devastador ver crianças entre as vítimas inocentes feridas e mortas”.

Por fim, a Itália, através de seu vice-premiê e ministro das Relações Exteriores, Antonio Tajani, condenou firmemente o novo ataque contra o território ucraniano.