MOSCOU, 7 OUT (ANSA) – Os governos da Rússia e da Índia realizaram testes com mísseis nesta quarta-feira (7) e celebraram os resultados obtidos nos lançamentos, que consideraram um sucesso.
Do lado de Moscou, o chefe do Estado Maior das Forças Armadas, Valery Gherasimov, comunicou o presidente do país, Vladimir Putin, que o lançamento do míssil hipersônico Tsirkon cumpriu seu objetivo, voando mais de 450 quilômetros de distância entre o Mar Branco e um alvo marítimo no Mar de Barents.
O objeto ainda atingiu uma altura máxima de 28 quilômetros em um voo que durou “quatro minutos em meio”. O míssil “atingiu a velocidade de mais de 8 mach”, segundo Gherasimov. Isso equivale a mais de 9.878 km/h.
Putin, que completa 68 anos nesta quarta-feira, afirmou que os novos sistemas de mísseis hipersônicos “assegurarão, certamente, a capacidade defensiva por um longo período de tempo”.
“O trabalho no sistema Tsirkon e os testes com sucesso desses mísseis são um grande evento na vida das Forças Armadas e na vida inteira da Rússia”, acrescentou o mandatário.
As armas hipersônicas são alvos de uma espécie de “nova corrida” armamentista entre Rússia, Estados Unidos e China. Esses mísseis tem capacidade de superar em 10 ou 20 vezes a velocidade do som das armas supersônicas mais comuns, que “apenas” superam a velocidade do som (cerca de 1.234 km/h), com uma ampla capacidade de causar danos graves nos alvos.
– Índia testa novo sistema: O Ministério da Defesa da Índia anunciou que também obteve sucesso em um teste com um míssil supersônico lançado por um submarino. O torpedo pode atingir uma distância de até 640 quilômetros.
De acordo com o governo de Nova Déli, o lançamento ocorreu nesta terça-feira (6) a partir da base militar da ilha de Wheeler, que fica ao largo da costa de Orissa, no Golfo de Bengala. O protótipo chamado de Smart (Supersonic Missile Assisted Release of Torpedo) foi considerado “satisfatório”.
Nos últimos anos, a Índia está se concentrando em desenvolver a sua capacidade de reação para ataques de submarinos e marítimos.
Para analistas locais, essa opção foi tomada por conta do temor de ataques chineses, que vem reforçando sua presença no Oceano Índico. (ANSA).