A Rússia garantiu nesta terça-feira (21) que continuará respeitando as limitações impostas ao seu arsenal nuclear pelo tratado Novo START, apesar da decisão anunciada pelo presidente Vladimir Putin de suspender sua participação no acordo de desarmamento russo-americano.

“A Rússia manterá uma abordagem responsável e seguirá respeitando rigorosamente, durante toda a vigência do tratado, as limitações quantitativas de armas estratégicas ofensivas”, disse o Ministério das Relações Exteriores.

Putin anunciou poucas horas antes a suspensão da adesão da Rússia ao último acordo bilateral de desarmamento nuclear entre Moscou e Washington, que estava a princípio prorrogado até 5 de fevereiro de 2026.

O ministério russo justificou esta decisão pelas “ações destrutivas dos Estados Unidos”, que acusou de múltiplas violações do texto assinado em 2010, que “põem em perigo o seu funcionamento”.

De acordo com Moscou, a “extrema hostilidade” de Washington e seu “compromisso aberto com uma escalada maliciosa do conflito na Ucrânia” criaram um “ambiente de segurança fundamentalmente diferente” para a Rússia.

“Os Estados Unidos e o Ocidente que lidera tentam prejudicar nosso país em todos os níveis, em todas as áreas e em todas as regiões do mundo”, afirmou a diplomacia russa, argumentando que o “status quo não é mais possível”.

Por outro lado, a Rússia considera que o arsenal das três potências nucleares da Otan – Estados Unidos, França e Reino Unido – “deve ser combinado e levado em conta conjuntamente no processo de limitação e redução”, enquanto o Novo START apenas diz respeito a Moscou e Washington.

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