A embaixada russa na França denunciou, nesta quarta-feira (30), as “acusações infundadas” após declarações que atribuíram à Rússia os ataques cibernéticos contra interesses franceses, incluindo a invasão de e-mails de campanha de Emmanuel Macron em 2017.
“Protestamos contra esta nova tentativa de lançar uma série de acusações infundadas, repetidas muitas vezes, segundo as quais o lado russo teve algo a ver” com este caso, disse a embaixada russa em Paris em um comunicado.
Segundo a embaixada, as autoridades francesas “não têm provas da culpa russa nos ataques cibernéticos a ela atribuídos”.
A embaixada também lamentou o que chamou de “diplomacia de megafone” do Ministério das Relações Exteriores francês.
Essa diplomacia apenas “alimenta a russofobia na sociedade francesa e justifica a política antirrussa agressiva adotada pelas atuais autoridades francesas”, acrescentou.
Na terça-feira, diplomatas franceses afirmaram que o serviço de inteligência militar russo (GRU) hackeou os e-mails da equipe de campanha de Emmanuel Macron durante a eleição de 2017 que o levou à presidência francesa.
O GRU “implanta um modus operandi ciberofensivo chamado APT28 contra a França há vários anos”, lamentou o ministro das Relações Exteriores francês, Jean-Noël Barrot, em uma mensagem publicada na rede social X.
O APT – Advanced Persistent Threats (Ameaças Persistentes Avançadas, em tradução livre) – associado ao número 28 é um ator russo bem conhecido pelos Estados Unidos e pelos países da União Europeia, que já impuseram sanções a indivíduos e entidades.
O APT28 também atacou organizações esportivas ligadas aos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2024, disse o Ministério das Relações Exteriores em um comunicado.
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