(Reuters) – O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, disse nesta segunda-feira que Moscou avaliaria a necessidade de restabelecer os laços com o Ocidente caso receba ofertas, mas se concentrará no desenvolvimento das relações com a China.

Lavrov, em uma sessão de perguntas e respostas em um evento em Moscou, disse que os países ocidentais tinham adotado a “russofobia” desde que a Rússia lançou sua incursão na Ucrânia, descrita por Moscou como uma “operação militar especial”.

A Rússia está trabalhando para substituir mercadorias importadas de países ocidentais, disse ele, e no futuro dependerá apenas de países “confiáveis” que não sejam controlados pelo Ocidente.

“Se eles (o Ocidente) quiserem oferecer algo em termos de retomada das relações, então consideraremos seriamente se precisaremos ou não”, disse Lavrov, de acordo com uma transcrição no site do Ministério das Relações Exteriores.

“Devemos deixar de depender de qualquer forma do fornecimento de absolutamente tudo do Ocidente para garantir o desenvolvimento de setores criticamente importantes para a segurança, a economia ou a esfera social de nossa pátria”, afirmou.

Moscou diz que sua incursão procura desmilitarizar a Ucrânia depois do que descreve como um golpe de Estado de inspiração ocidental que encarnou um nacionalismo extremo e derrubou um presidente aliado da Rússia, em 2014.

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Lavrov disse que o objetivo de Moscou agora é desenvolver ainda mais os laços com a China.

“Agora que o Ocidente tomou uma ‘posição de ditador’, nossos laços econômicos com a China crescerão ainda mais rápido”, disse. “Além da receita direta para o orçamento estatal, esta é uma chance de desenvolver (a Rússia) no extremo leste e leste da Sibéria”.

(Reportagem de Lidia Kelly, em Melbourne, e Ronald Popeski, em Winnipeg)

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