O Ministério do Interior da Rússia afirmou nesta terça que o casal de esgrimistas Sergei Bida e Violetta Khrapina, que buscou exílio nos Estados Unidos, é considerado foragido.

De acordo com o portal Mediazona, os atletas deixaram a Rússia na metade de 2023, e Sergei já está competindo defendendo a bandeira dos EUA.

Sergei Bida, de 30 anos, conquistou a medalha de prata por equipes e foi o quinto colocado na disputa individual por espada na Olimpíada de Tóquio-2020. Violetta, de 29, também compete na espada e nos Jogos de Tóquio terminou na oitava posição por equipes.

Ele diz suspeitar que a decisão do governo russo tenha sido motivada pelo fato de se ter sido oficial da Guarda Nacional e que Violetta pertencia ao CSKA, clube do Exército russo.

“Não quero ter nada a ver com a política”, afirmou Sergei Bida, cuja avó também foi uma esgrimista medalhista olímpica.

Valentina Rastvorova disputou três edições dos Jogos (Melbourne-1956, Roma-1960 e Tóquio-1964) e conquistou três medalhas (um ouro e duas pratas) com o florete. Valentina, que nasceu na Ucrânia, competiu defendendo a bandeira da União Soviética.

As autoridades russas reconheceram que mais de cem atletas de destaque do país mudaram de cidadania desde o início da guerra na Ucrânia, em fevereiro de 2022.

No início de dezembro, o COI (Comitê Olímpico Internacional) anunciou que os esportistas russos poderão competir na Olimpíada de Paris-2024 na condição de atletas neutros. A Rússia não pode ser representada na disputa por equipes.