Rússia condena homem a 16 anos de prisão por cooperar com a Ucrânia

Um morador da região de Moscou foi condenado a 16 anos de prisão por fornecer informações à Ucrânia sobre a localização de uma área militar russa e preparar atentados, informou nesta terça-feira (25) o Comitê de Investigação da Rússia.

O homem foi acusado de ter fotografado, em abril de 2024, a área de um sistema de defesa antiaérea em Podolsk, quase 40 km ao sul de Moscou, e de enviar as imagens e dados geográficos “aos seus mentores ucranianos para guiar um ataque de drones contra o sítio militar”, segundo um comunicado do Comitê.

Ele foi acusado também de enviar armas da Ucrânia para a Rússia em 2017 para preparar atentados em várias regiões russas, incluindo as fronteiriças Briansk, Kursk e Belgorod, acrescenta a nota.

Um tribunal militar russo o declarou culpado de preparar um atentado, tráfico de armas e cumplicidade com atividades terroristas. O acusado recebeu uma sentença de 16 anos de prisão, segundo o Comitê.

Desde o início da ofensiva russa contra a Ucrânia, em fevereiro de 2022, Moscou adotou uma intensa repressão contra seus críticos e o país registrou um aumento expressivo dos processos por “traição”, “terrorismo”, “extremismo”, “sabotagem” ou “espionagem”.

Além dos processos por “traição”, milhares de pessoas foram alvos de sanções, ameaçadas ou detidas na Rússia desde 2022 por sua oposição ao conflito na Ucrânia.

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