Rússia bloqueará Instagram; YouTube veta canais russos

ROMA, 11 MAR (ANSA) – A Rússia anunciou nesta sexta-feira (11) que o acesso ao Instagram no país será bloqueado permanentemente à meia-noite do próximo dia 14 de março, informou a agência Tass, citando o regulador de mídia russo Roskomnadzor.

“Como os usuários ativos do Instagram precisarão de tempo para copiar suas fotos e vídeos para outras redes sociais, para notificar seus contatos e assinantes, o Roskomnadzor decidiu concluir o procedimento de bloqueio do Instagram às 00h do dia 14 de março, permitindo 48 horas de transição”, disse um comunicado da agência no Telegram.

A decisão é divulgada no mesmo dia em que o YouTube decidiu bloquear o acesso a canais de mídia financiados pelo Estado russo em todo o mundo. A informação foi revelada pelo porta-voz da plataforma de vídeos, Farshad Shadloo, citado pelo jornal “The Guardian”.

“Nossas diretrizes da comunidade proíbem conteúdo de negar, minimizar ou banalizar eventos violentos bem documentados e removemos conteúdo sobre a invasão russa na Ucrânia que viola esta regra”, explicou Shadloo, ressaltando que a medida tem efeito imediato.

Com a decisão, todos os canais do YouTube associados à mídia financiada pelo Estado russo, globalmente, serão bloqueados.

“Iniciamos hoje o bloqueio dos canais da RT (Russia Today) e Sputnik em toda a Europa”, diz a nota oficial da plataforma.

Segundo o comunicado, desde que a Rússia iniciou sua invasão à Ucrânia, o YouTube se concentrou em remover o conteúdo que violava os termos de serviços e, principalmente, em conectar as pessoas às notícias e informações verificadas.

Até agora, mais de mil canais e 15 mil vídeos já foram removidos por violarem a política que proíbe discurso de ódio, desinformação e conteúdo gráfico.

A empresa de vídeos ainda informou que continuará monitorando de perto a situação e compartilhando atualizações quando estiverem disponíveis.

Facebook – De acordo com a agência Reuters, a Meta, empresa que controla o Facebook e o Instagram, vai permitir que usuários das redes sociais em alguns países defendam atos de violência contra russos no contexto da guerra na Ucrânia.

O porta-voz da Rússia, Dmitry Peskov, disse que, se isso ocorrer, vai banir todas as atividades da empresa no país. “Não queremos acreditar na reportagem da Reuters, é muito difícil acreditar”, enfatizou.

Um porta-voz da ONU ressaltou que essa mudança nas políticas de uso do Facebook são preocupantes e que irá conversar com a empresa. (ANSA)